Futebol ou UFC? O Confronto Intenso Entre EUA e Paraguai Abalou o Jogo Amigável



Os Estados Unidos da América (EUA) receberam e bateram, ao final da noite do passado sábado, o Paraguai, por 2-1, num encontro de cariz particular disputado no Subaru Park, em Chester, no estado norte-americano da Pensilvânia, que serviu para ambas as seleções preparem a prestação no Campeonato do Mundo de 2026.


Giovanni Reyna colocou os homens da casa em vantagem, logo à passagem do quarto minuto, mas a resposta surgiu instantes depois, por intermédio de Álex Arce. Folarin Balogun marcou, já aos 71 minutos, o golo que acabou por fazer a diferença, mas os episódios mais espetaculares (e lamentáveis) deste embate estavam reservados para o período de compensação.

Um minuto depois dos 90, a bola saiu pela linha de lateral, e, 'desesperado' por recuperá-la e ainda tentar evitar o desaire, o capitão, Gustavo Gómez, correu na sua direção, acabando por ir ao encontro de Alex Freeman, que, por seu lado, procurou retardar a reposição da mesma, na tentativa de segurar o resultado.

Os ânimos exaltaram-se entre ambos, ao ponto de o paraguaio ter mesmo chegado a ensaiar um 'mata-leão' sobre o norte-americano. Foi aí que tudo descambou, com jogadores e elementos das equipas técnicas de ambas as seleções a participarem numa autêntica 'batalha campal', com trocas de socos e pontapés pelo meio.

A confusão prolongou-se durante largos minutos, sendo que, no final da mesma, o árbitro guatemalteco Cristhofer Corado exibiu um total de três cartões. Um vermelho, para Omar Alderete (substituto não utilizado pelo Paraguai), e dois amarelos, para Júnior Alonso (também dos visitantes) e Cristián Roldán (dos EUA).

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"Não vamos ficar à espera de ser esmurrados primeiro"

Após o apito final, o guarda-redes dos Estados Unidos da América, Matt Freese compareceu na zona de entrevistas rápidas da estação televisiva norte-americana CBS Sports, onde deu a sua versão dos acontecimentos: "Vou manter a faceta diplomática. Eu fiquei muito satisfeito pela maneira como nos apoiámos uns aos outros, mas houve uns poucos golpes baixos da parte deles, para ser sincero".

"Ainda assim, faz parte de ser uma equipa, e vamos manter-nos uns aos lado dos outros, seja em que momento for, ou no final do jogo, ou no início do jogo, ou no meio do jogo, ou junto à linha lateral. É isso que significa ser uma equipa, e penso que nunca me mexi tão rápido, não foi?", prosseguiu o jogador de 27 anos de idade, entre risos.

"Nós entrámos no balneário, depois do aquecimento, e a primeira coisa que ouvimos foi o Cristián Roldán a gritar 'Nós não vamos ficar à espera de ser esmurrados primeiro. Nós vamos estar na linha da frente, nós vamos vencer os nossos duelos', e, depois, obviamente, isso culminou, no final, numa luta a sério", prosseguiu.

"Eu penso que a parte mais importante é a luta nos duelos individuais e nos momentos individuais. Onde é que isso começa? Começa na construção de uma cultura, mas também começa nos treinos, com a intensidade que trazemos. Foi uma semana muito intensa de treinos, entradas duras e coisas do género. Nada de mau, obviamente. Somos todos companheiros de equipa, mas criar esse ambiente de competitividade intensa é o início", rematou.