O aguardado dia da sentença de Sean “Diddy” Combs chegou. O astro do hip-hop e magnata da música comparece nesta sexta-feira (3) ao tribunal federal de Nova York para ouvir a decisão que pode levá-lo a cumprir até 20 anos de prisão, após ter sido condenado em julho por violar a Lei Mann, que proíbe o transporte de pessoas entre estados para fins de prostituição.
Diddy será acompanhado de seus advogados, Marc Agnifilo e Teny Geragos, durante a audiência conduzida pelo juiz Arun Subramanian. A sessão promete ser marcante não apenas pelo desfecho judicial, mas também porque será a primeira vez que o artista falará em público desde o início do processo. Segundo documentos apresentados por sua defesa, ele pretende se dirigir ao tribunal “da forma mais digna e respeitosa possível”.
A condenação do rapper veio após um júri de 12 pessoas considerá-lo culpado em duas acusações relacionadas ao transporte de pessoas entre estados norte-americanos com fins de prostituição. Os crimes envolvem episódios conhecidos como “Freak-Offs”, festas privadas com acompanhantes masculinos e suas ex-parceiras, entre elas a cantora Cassie Ventura e uma mulher identificada apenas como “Jane”.
Apesar da condenação, Diddy foi absolvido das acusações mais graves de crime organizado e tráfico sexual, que poderiam ter ampliado significativamente sua pena. Cada violação da Lei Mann pode resultar em até 10 anos de prisão.
Desde sua prisão, em setembro de 2024, Diddy permanece detido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn. A defesa tentou diversas vezes obter liberdade provisória, sem sucesso. Também buscou anular as acusações ou conseguir um novo julgamento, mas as tentativas foram negadas.
Os promotores pedem que o juiz aplique uma pena superior a 11 anos de prisão. Em meio ao impasse, Donald Trump chegou a declarar que poderia conceder um perdão presidencial ao rapper, embora tenha deixado aberta a possibilidade de deixá-lo cumprir integralmente a sentença.
O caso, que teve ampla repercussão internacional, ganhou novos contornos após a demissão de Maurene Comey, filha do ex-diretor do FBI Jim Comey e principal promotora do processo. Ela foi afastada recentemente pelo Departamento de Justiça, mas os motivos ainda não foram revelados.
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