Bomba Na Realeza! Príncipe Andrew Renuncia Aos Títulos Reais Após Anos De Escândalos



Em um dos desdobramentos mais marcantes da monarquia britânica nos últimos anos, o príncipe Andrew, de 65 anos, anunciou oficialmente sua renúncia aos títulos reais que ainda mantinha, incluindo o de Duque de York. A decisão, confirmada nesta sexta-feira, 17 de outubro, foi divulgada em um comunicado pelo Palácio de Buckingham.


Filho da rainha Elizabeth II (1926–2022) e do príncipe Philip (1921–2021), Andrew já estava afastado das funções públicas desde 2019, mas agora dá um passo além ao abrir mão das últimas honrarias formais ligadas à realeza. A decisão ocorre após anos de escândalos e pressões sobre a imagem da monarquia britânica.


“Em conversa com o Rei e minha família, cheguei à conclusão de que as constantes acusações contra mim continuam sendo uma distração ao trabalho de Sua Majestade e da Família Real. Por isso, decidi dar um passo adiante e abrir mão dos meus títulos e honrarias”, declarou Andrew em nota. “Nego veementemente as acusações contra mim, como sempre afirmei.”


Entre os títulos aos quais ele renuncia estão o de Duque de York, Cavaleiro da Ordem da Jarreteira e Cavaleiro da Grande Cruz da Ordem Real Vitória. Apesar da renúncia, ele mantém o título de “príncipe”, que é hereditário por ser filho direto da falecida rainha.


Sarah Ferguson e filhas

Com a renúncia de Andrew, sua ex-esposa Sarah Ferguson também perde o uso do título de Duquesa de York. No entanto, suas filhas, as princesas Beatrice e Eugenie, mantêm seus títulos e status dentro da família real, uma vez que não foram afetadas pelas decisões recentes.


Entenda os escândalos por trás da renúncia

O príncipe Andrew se viu no centro de diversas controvérsias nos últimos anos, sendo a mais grave sua ligação com o financista americano Jeffrey Epstein, condenado por tráfico sexual de menores. O relacionamento próximo com Epstein, e posteriormente com sua associada Ghislaine Maxwell, levantou sérias questões sobre o julgamento e conduta do príncipe.


A crise de imagem se aprofundou após as denúncias da norte-americana Virginia Giuffre, que acusou Andrew de tê-la abusado sexualmente em três ocasiões em 2001, quando ela tinha apenas 17 anos. Giuffre afirmou que foi traficada por Epstein e forçada a ter relações com o príncipe. Uma fotografia, amplamente divulgada, mostra Andrew ao lado de Giuffre e Ghislaine Maxwell — imagem que se tornou símbolo do caso.


Andrew sempre negou as acusações. No entanto, em 2022, ele chegou a um acordo extrajudicial milionário com Giuffre para encerrar o processo civil movido contra ele nos Estados Unidos, sem admitir culpa formal.


Outro ponto que prejudicou ainda mais sua imagem foi uma entrevista concedida à BBC em 2019, na qual tentou se defender das acusações. A entrevista foi amplamente criticada por sua frieza e falta de empatia, além de levantar dúvidas sobre a credibilidade de seus argumentos.


Outras controvérsias

Além do caso Epstein, o príncipe também foi citado em investigações envolvendo negócios suspeitos e até em alegações de ligação com um possível espião chinês, o que aumentou ainda mais o desgaste de sua figura pública.


Seu estilo de vida luxuoso, financiado em parte com recursos públicos e contatos internacionais, também foi alvo de críticas dentro e fora do Reino Unido.


Um afastamento definitivo

A renúncia aos títulos simboliza o encerramento da presença formal de Andrew na vida pública britânica. A decisão, que contou com o aval do rei Charles III, visa preservar a imagem da monarquia em um momento de transição e reestruturação após a morte da rainha Elizabeth II.


Apesar de ainda ser um membro da família real por direito de nascimento, o príncipe Andrew agora está, na prática, excluído das atividades oficiais e cerimoniais da realeza.