Um trabalhador moçambicano da região de Niassa denuncia ter sido vítima de tortura por parte de chineses em uma mineradora operada por investidores estrangeiros. O motivo da agressão teria sido a queda acidental de uma pequena quantidade de material mineral cerca de 10 miligramas durante o expediente.
De acordo com relatos obtidos de forma preliminar, o trabalhador foi submetido a maus-tratos físicos e psicológicos, num ato que, segundo defensores de direitos humanos, caracteriza grave violação das leis laborais moçambicanas e dos tratados internacionais de proteção ao trabalhador.
“Aquilo que aconteceu é desumano. Perderam 10 miligramas, algo insignificante, e trataram o rapaz como se fosse um criminoso. Estamos cansados de ver os nossos compatriotas tratados como objetos”, afirmou uma fonte local sob anonimato, temendo represálias.
Organizações civis da província estão a apelar ao governo para uma investigação urgente e transparente sobre as práticas nas minas sob gestão estrangeira. Há também apelos para o reforço da fiscalização das condições laborais em empreendimentos exploratórios com participação internacional, sobretudo em áreas remotas como Niassa, onde denúncias como esta são raramente apuradas com rigor.
Até o momento, a empresa responsável pela mineradora não se pronunciou sobre o caso.
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