O Labubu virou febre nas redes, estampando bolsas, roupas e até memes, mas o que há por trás da lenda urbana mais comentada de 2025? Pesquisadores acreditam que a origem do fascínio pelo monstrinho não é tão nova quanto parece.
No sítio arqueológico de Dur-Katlimmu, no leste da Síria, estudiosos encontraram um amuleto no chão de uma casa que lembra bastante a criatura que hoje circula nas vitrines. Mas calma: ninguém estava usando o objeto por puro mal, afirmam os especialistas. Trata-se de uma versão antiga de Pazuzu, uma entidade assíria que, apesar de representar forças destrutivas, tinha funções protetoras.
“Era uma espécie de ‘mal contra o mal'”, explicam os pesquisadores. O amuleto de Pazuzu servia para afastar outros demônios e os ventos da pestilência, funcionando mais como escudo do que ameaça. Curiosamente, essa dualidade lembra um pouco o Labubu, embora muito do discurso assustador sobre ele seja exagerado ou até absurdo.
Os assírios de Nimrud, há cerca de 2,7 mil anos, circulavam com seus amuletos como forma de proteção. Hoje, alguns jovens seguem a mesma lógica, ainda que de forma mais fashionista: desfilar com Labubus presos a bolsas virou tendência.
“Ah, mas hoje é pura modinha, daqui a pouco essas pessoas aparecem com outra novidade, o bebê reborn comendo morango do amor envolto em pistache da vez”, brincam críticos do fenômeno.
Mas o Labubu não se limita à estética ou à moda. Em 2024, um festival taoísta em Singapura adotou os monstrinhos como parte da celebração, com trajes de devotos e programação voltada para atrair o público jovem.
Ou seja: a criatura bizarra conquistou tanto as passarelas quanto rituais religiosos, uma prova de que nem tudo o que parece lenda urbana é apenas entretenimento.
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