O escritor Luis Fernando Verissimo, que morreu neste sábado (30), aos 88 anos, enfrentou uma série de problemas de saúde nos últimos anos. Em novembro de 2020, passou por uma cirurgia na mandíbula e, em janeiro de 2021, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que comprometeu parte cognitiva de seu cérebro. Apesar de compreender o que acontecia ao redor, passou a ter dificuldades na ordenação de pensamentos e na comunicação.
A recuperação foi lenta e marcada por episódios inusitados. Entre eles, destacou-se a facilidade inesperada para se expressar em inglês — idioma que dominava desde a infância, vivida em parte nos Estados Unidos.
Ainda no final de 2020, Verissimo refletiu sobre a leitura em meio à pandemia. Questionado sobre o melhor livro que havia lido naquele ano, respondeu:
— O melhor livro que li em 2020 foi o de ensaios e estudos sobre Antonio Candido, lançado pela Editora 34, prova de que existe vida inteligente na Terra.
Verissimo, além de sua vasta produção literária que marcou a literatura e o jornalismo brasileiros, viveu seus últimos anos entre desafios de saúde e uma rotina de recuperação, que reforçaram ainda mais a admiração de leitores e admiradores pela sua força e legado.
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