Um escândalo político está a agitar a província de Nampula. O antigo Governador foi recentemente acusado de se ter apropriado de vastas extensões de terra pertencentes ao Estado, numa alegada operação considerada por populares como “roubo descarado”.
De acordo com denúncias de residentes locais e de alguns membros da sociedade civil, várias parcelas de terra, inicialmente destinadas a projetos agrícolas comunitários e de habitação social, terão sido transferidas para empresas e indivíduos próximos ao ex-governante, levantando fortes suspeitas de abuso de poder e tráfico de influência.
Fontes internas revelam que parte das áreas em causa localiza-se em zonas estratégicas, junto a estradas e áreas urbanas em expansão, aumentando ainda mais o valor das mesmas. Há igualmente acusações de que alguns documentos de concessão de uso foram assinados de forma irregular, sem respeitar os trâmites legais.
Enquanto as autoridades preparam-se para abrir um inquérito formal, organizações da sociedade civil pedem que o caso seja tratado com transparência e que as terras supostamente usurpadas sejam devolvidas ao Estado.
O ex-Governador, por sua vez, nega todas as acusações, afirmando que se trata de “manobras políticas para manchar o seu nome”.
A população de Nampula aguarda com expectativa os próximos desenvolvimentos deste caso que poderá expor, mais uma vez, as fragilidades na gestão e proteção das terras públicas em Moçambique.
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