Nesta terça-feira (5), a Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou o relatório final da investigação sobre o caso do submarino Titan. De acordo com o documento, a tragédia que deixou cinco mortos era evitável.
O relatório final da investigação aponta que o submarino foi projetado de forma inadequada e houve “graves falhas” de protocolos de segurança da empresa OceanGate. A Guarda Costeira dos EUA destacou que a perda de integridade estrutural do casco de fibra de carbono resultou na implosão do Titan.
De acordo com o documento, “por vários anos antes do incidente, a empresa usou táticas de intimidação, o argumento de que realizava operações científicas e sua reputação positiva para escapar da fiscalização”. Dessa forma, a embarcação continuou operando em grandes profundidades, apesar dos riscos evidentes.
As autoridades dos Estados Unidos ainda identificaram falhas nos processos de certificação, manutenção e inspeção do submarino, além de “uma cultura de trabalho tóxica na OceanGate”. Segundo o relatório, o design do Titan e os testes conduzidos com ele não seguiram princípios básicos de engenharia.
Outro problema citado foi o fato da empresa não ter realizado um estudo para determinar a vida útil do caso do submarino, bem como revisões e manutenções preventivas. Além disso, os donos da companhia teriam confiado excessivamente em um sistema de monitoramento em tempo real para avaliar a condição da estrutura, mas não analisaram adequadamente os dados fornecidos por esse sistema.
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