O ex-pastor Edimar da Silva Brito foi condenado a 34 anos de prisão pelo assassinato de duas ex-fiéis de sua igreja em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (12), um dia após o julgamento no Tribunal do Júri. Inicialmente, ele respondia em liberdade pelo crime, mas agora deverá cumprir a pena em regime fechado. Parte da condenação será reduzida pelo tempo que passou preso entre 2016 e 2018, aguardando julgamento. A defesa já anunciou que pretende recorrer da decisão e pedir a anulação do júri.
O crime ocorreu em 20 de janeiro de 2016 e teve grande repercussão na região. De acordo com as investigações, Edimar teria ordenado os assassinatos por vingança, já que as vítimas haviam deixado sua igreja após desentendimentos. Além disso, elas fundaram um novo templo, levando consigo a maioria dos fiéis, o que teria motivado o ataque.
As vítimas foram identificadas como Marcilene Oliveira Sampaio, pastora e professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), e sua prima, Ana Cristina. No momento do crime, o marido de Marcilene também foi alvo do ataque, mas conseguiu sobreviver. As circunstâncias do caso chocaram a comunidade e reforçaram a gravidade das acusações contra o ex-pastor.
Agora, com a condenação, a defesa tenta reverter a decisão, enquanto a família das vítimas e a sociedade acompanham o desfecho do caso. A sentença representa um desdobramento importante na busca por justiça, mas o recurso pode prolongar a batalha judicial nos tribunais.
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