A Grécia congelou todos os bens da ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili, que foi acusada e detida sob suspeita de crimes relacionados com fazer lóbi ilegal pelo Qatar, influenciando as decisões em Bruxelas, em troca de dinheiro e presentes.
Em causa estão os crimes de pertencer a uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção. Segundo a imprensa grega, o diretor da Autoridade Anti-Lavagem de Dinheiro e vice-procurador do Supremo Tribunal da Grécia emitiu a ordem para que os bens de Eva Kaili, da sua família e marido sejam congelados.
Este passo serve para que os bens sejam arrestados, por poderem resultar de atividades ilegais. Os bancos gregos já foram notificados.
Dentro de cinco dias, o mandado de busca emitido contra Eva Kaili tem que ser revisto para determinar se se mantém ou não sob prisão preventiva.
Em Bruxelas, após a detenção de quatro pessoas (incluindo Eva Kaili, apanhada em flagrante delito), as autoridades também encerraram os gabinetes de outros quatro funcionários: têm em comum terem colaborado com o antigo eurodeputado Antonio Panzeri.
Antonio Panzeri também foi preso, bem como a sua mulher e filha.
Eva Kaili será expulsa do partido PASOK, segundo fonte oficial deste, e já foi suspensa de funções no Parlamento Europeu. Encontra-se detida na prisão de Saint Gilles.
A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu culpou o namorado, Francesco Giorgi, pelo dinheiro encontrado no seu apartamento. Diz que se apercebeu que ele colaborava com Antonio Panzeri, antigo eurodeputado, em negócios com o Qatar. Contudo, não esteve envolvida e diz que não controla os documentos ou o seu computador pessoal.
Francesco Giorgi trabalhou no Parlamento Europeu como conselheiro nos temas dos negócios estrangeiros e dos direitos humanos.
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