O primeiro declarante ouvido hoje pelo Tribunal, que julga o caso das dívidas ocultas, Nordin Issufo Amade Aboo Bacar, disse ao Juiz Efigénio Baptista que quando prestou declarações na Procuradoria-Geral da República mentiu.
“Menti porque estava a ser conduzido por uma estratégia. E a estratégia pretendia garantir a defesa de Zulficar Ahmad. E sendo uma estratégia que foi montada, eu tinha que seguir e acreditava que estava certo”, revelou.
A Procuradora Ana Sheila Marrengula quis saber se o declarante estava ciente que ao mentir, estava a violar o dever de somente falar a verdade, na qualidade de declarante, ao que Aboo Bacar respondeu afirmativamente.
Ainda na manhã desta quinta-feira, o declarante disse que era sócio do réu Zulficar Ahmad, amigo de infância de António Carlos do Rosário e que não lembra como a Txopela foi constituída.
Quando confrontado com documentos, com a sua assinatura, de 2014, da empresa Txopela, o declarante mostrou-se confuso. Após muita insistência, Nordin Aboo Bacar disse que só assinou documentos em 2013, para a constituição da Txopela. Mas não reconhece os documentos de 2014, embora a assinatura que consta dos mesmos seja sua.
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