Trilheiro Experiente Preso por Horas em Areia Movediça sob Temperatura Congelante no Parque Nacional Arches



Um experiente trilheiro ficou preso por mais de duas horas em areia movediça quando fazia sozinha a exploração do Parque Nacional Arches, em Moab (Utah, EUA), no último domingo (7/12), sob temperaturas congelantes, que, à época, podem chegar a 6 graus negativos na região.


Austin Dirks estava explorando uma área de cânion no parque em Moab na manhã de domingo quando sua perna esquerda repentinamente afundou, de acordo com reportagem da Fox13.


"Antes dessa viagem, eu sinceramente achava que areia movediça era mais folclore ou lenda", contou ele.


Era bem real.


"Consegui puxar a perna e então transferi todo o meu peso para o pé direito. E afundei até o joelho. Parecia que eu tinha pisado em concreto, e então a areia endureceu ao redor da minha perna. Eu não conseguia movê-la nem um milímetro", relatou Austin.



Austin Dirks preso em areia movediça em parque de Utah (EUA) — Foto: Reprodução

Austin Dirks preso em areia movediça em parque de Utah (EUA) — Foto: Reprodução



Sem qualquer chance de deixar o cenário angustiante por conta própria, Austin usou um dispositivo de comunicação via satélite GPS para notificar as autoridades sobre a sua localização.


Os socorristas usaram uma escada e pranchas de tração para veículos, o que lhes permitiu trabalhar com segurança ao redor da areia movediça para alcançar o trilheiro, disse o comandante de incidentes da equipe de Busca e Resgate do Condado de Grand, John Marshall.


"Não havia sol nenhum brilhando naquela área do cânion. Fiquei surpreso com o quão fria estava a temperatura ambiente", disse o técnico de resgate Jake Blackwelder à emissora.


Austin conseguiu escapar ileso da perigosa areia movediça. Incidentes de afundamento com esse tipo de terreno são relativamente raros. Em fevereiro de 2019, uma equipe de helicóptero do Departamento de Segurança Pública de Utah e guardas florestais do Parque Nacional de Zion auxiliaram um homem preso em areia movediça.


"Percebi que essa foi a vez em que cheguei mais perto da morte. Devo a eles (os socorristas) a minha vida", declarou Austin após o resgate.


"A forma como é retratada na TV não tem nada a ver com a vida real. O corpo humano é mais flutuante do que a areia movediça, então você nunca afunda acima da cabeça", explicou o trilheiro.