Tânia Graça de Luto pela Tia que Era Sua “2.ª Mãe”: “Perdi a Minha 2.ª Mãe, Fica um Vazio e Injustiça”



Tânia Graça está de luto pela sua tia. A psicóloga recorreu à página de Instagram para partilhar com os seguidores várias imagens na companhia da irmã da sua mãe e lamenta a partida precoce da familiar, mostrando ainda a relação de proximidade que havia entre todas. 


Para a sexóloga, a tia era uma "2.ª mãe", com quem sempre manteve uma forte ligação. 

"Perdi a minha 2.ª mãe - a minha tia.
Tive a sorte rara de crescer com duas mães, igualzinhas. Ou assim as viam os outros, porque eu nunca as confundi. Adorava fazer jogos a pedir que adivinhassem quem era a tia e quem era a mãe, e tantas vezes erravam", começa por dizer Tânia, revelando que as duas eram irmãs gémeas.

"O que eu percebo. Elas não tinham apenas a mesma genética. Eram como metades da mesma laranja. Nunca moraram a mais de 200 metros. Circulavam entre casas com chave, de pijama, sem aviso. Conversavam numa língua só delas. E muito alto, às vezes ainda cedo. Quantas vezes acordava a pedir que falassem mais baixo. E conseguiam...por cinco minutos", refere ainda Tânia Graça. 

A psicóloga garante que vai "ser difícil habituar-se ao silêncio" que este vazio traz para a sua vida e família.

"Vai ser difícil habituar-me ao silêncio. A não dizer «liga à tia que ela traz» quando algo faltar. A ausência dos teus beijinhos repenicados, da gargalhada, dos elogios sempre que trazias um vestido novo ou uma cor diferente nas unhas. Sempre tão vaidosa e tão linda. Estiveste comigo sempre. Acompanhaste os tempos, aceitaste-me e aplaudiste-me cheia de orgulho, mesmo quando eu fazia escolhas diferentes das esperadas, e dizias-me «eu quero é que tu estejas bem»", disse ainda Tânia Graça.

"Levo comigo a tua doçura e generosidade, que nem toda a dureza da vida te conseguiu tirar. Eras a que passava tardes a visitar amigas doentes. Sempre preocupada com todos. E quando tu ficaste doente e te vinha visitar dizias-me «Oh filha, não te preocupes com a tia, tu tens muito trabalho». Eras capaz de tirar da tua boca para dar aos outros, o que me levou algumas vezes a «zangar-me» e a lembrar-te de que tu também eras importante! Talvez algo te tenha ficado porque, numa das últimas conversas, disseste-me: «Aprendi tarde mas aprendi, que não devemos estar mal para os outros estarem bem», referiu. 

No fim do texto, Tânia Graça lamenta o "vazio gigante" que vai ficar em todos e a "saudades que não cabem no peito".

"Fica uma sensação de injustiça que nos leva a questionar o sentido da vida ao levar alguém que só espalhou amor. Mas também um lembrete para vivermos e amarmos, confiando que os ecos desse amor serão ouvidos pela eternidade, por todos os que forem tocados por ele. Viverás em mim para sempre. Obrigada, tia linda", disse, por fim.