Com o aproximar-se do final do ano, eis que se começa a saber quais são as novidades que 2026 irá trazer. No que toca à ficção nacional, nomeadamente na SIC, há uma nova novela planeada para fazer companhia aos portugueses. Na verdade, este é um projeto que não é desconhecido, já que se trata de uma adaptação da novela da Globo, Páginas da Vida.
Além de Sofia Alves, que interpretará Helena, e Paulo Rocha, no papel de Gil, também Maria João Bastos se junta ao elenco. Aliás, a atriz dará vida a Marta, a grande vilã de toda a história. "Esta personagem é tudo menos fácil. É extremamente difícil, mesmo", começou por dizer em entrevista aos jornalistas na SP Produções.
"Há muito tempo que eu não tinha mas mãos uma personagem tão difícil, com todas as suas caraterísticas, pela história, pela carga das cenas. É uma personagem completamente diferente de mim, eu em muito pouco ou nada me identifico com ela. E isso é um desafio interessante, grande e difícil. Tenho que ir buscar coisas nas quais não me revejo minimamente", continuou.
Quanto à versão original desta novela, transmitida em 2006 e escrita por Manoel Carlos, Maria João Bastos confessou que não assistiu, mas que se recorda de ver Lília Cabral, a atriz brasileira que interpretou a sua agora personagem, a ter um enorme "sucesso" e de ter ganhado "os prémios todos que tinha para ganhar de melhor atriz" ao dar vida a Marta.
Já em relação à personagem em si, Maria João Bastos esclareceu que "o caráter continua o mesmo", ou seja, estaremos perante uma mulher "extremamente fria, amarga, infeliz, preconceituosa". Esta por sua vez irá estar em constante conflito com Helena (Sofia Alves) e desenvolverá outros tantos atritos com outras personagens da trama.
"Quando recebi o convite disse 'não posso fazer esta novela'. Fiquei muito triste"
Foi no último dia do mês de agosto, em plena emissão do programa Domingão, que Daniel Oliveira revelou que Maria João Bastos estaria de regresso à SIC, após alguns anos afastada, para abraçar um novo projeto — agora sabe-se, Páginas da Vida — como vilã. Mas como terá sido, ao certo, o convite?
Ainda em conversa com os jornalistas na SP Produções, a atriz confessou que adorou, desde logo, o convite, porque assume-se uma mulher "muito, muito fã do Manoel Carlos". Além disso, das várias novelas que já fez no Brasil e entre os vários autores brasileiros com quem trabalhou, nunca teve a oportunidade de fazer uma produção do escritor da novela original.
"É o meu autor preferido. Adoro as histórias dele e adoro os diálogos dele e a base do nosso trabalho é o diálogo. Quando a história não é boa, o diálogo não é bom… Quando é bom, é maravilhoso. E então, poder trabalhar um texto como o do Manuel Carlos e poder trabalhar uma história como a dele, quando recebi o convite fiquei maravilhada só por isso…".
No entanto, devido à agitação da sua vida — encontrava-se a gravar o filme de Ruben Alves, Santo António, o casamenteiro de Lisboa — Maria João Bastos viu o caso 'mal parado'. "Eu disse 'eu não posso fazer esta novela'. Fiquei muito triste. Pensei 'eu não posso fazer esta novela porque eu estou a fazer o filme' e quer aqui quer lá era uma personagem exigente".
Eis que, por sua vez, segundo deu a saber a atriz, o diretor de programas da SIC, Daniel Oliveira, acabou por convencê-la. "Não foi difícil, também, mas lá me ajudou a organizar as coisas de maneira a 'nós vamos conseguir que tu consigas conciliar'. E agora estou só com a novela, mais descansada, dedicada, porque é uma personagem que exige muito trabalho…".
"Ela fala muito, fala muito rápido, fala por cima de toda a gente, não deixa ninguém falar, então as coisas têm que estar bem preparadas para que isso aconteça, senão não acontece quando o texto não está bem preparado", fez ainda questão de dar a saber, em entrevista aos jornalistas, Maria João Bastos.

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