Localizada em uma rua tranquila do Campo Belo, bairro nobre da zona sul de São Paulo, uma mansão aparentemente comum voltou a ganhar destaque mais de 20 anos após protagonizar um dos crimes mais chocantes da história recente do país. O imóvel onde os pais de Suzane von Richthofen foram assassinados, em 2002, passou a atrair curiosos, influenciadores digitais e fãs de true crime, transformando-se em um ponto de visita informal.
O aumento do interesse ocorreu principalmente após a repercussão da série “Tremembé”, disponível no Prime Video, que reacendeu discussões sobre casos criminais emblemáticos. Desde então, é comum ver pessoas parando em frente à casa para tirar fotos, gravar vídeos e publicar registros nas redes sociais.
Quanto vale o imóvel?
Apesar da fama estar diretamente ligada à tragédia, o imóvel possui um histórico de mercado bem definido. Em 2014, a mansão foi vendida por cerca de R$ 1,6 milhão. Na ocasião, a compra foi feita por um engenheiro e uma dentista, conforme noticiado à época. No entanto, a residência nunca chegou a ser ocupada e permanece vazia até hoje.
Atualmente, o estado do imóvel chama atenção por sinais de abandono, como mato alto no quintal, ausência de caixa de correio e maçanetas arrancadas. A casa foi construída em um terreno de aproximadamente 1.000 metros quadrados e havia sido adquirida originalmente pela família von Richthofen em 1998 por cerca de R$ 330 mil, valor significativamente inferior ao praticado anos depois, em razão da valorização imobiliária da região.
Com dois pavimentos, a residência contava com sala ampla, cozinha, banheiros, suítes, escritório, biblioteca, piscina e garagem, seguindo o padrão de alto luxo da época.
Fama que supera o valor imobiliário
Apesar de estar situada em uma área valorizada e próxima a importantes centros comerciais da capital paulista, a mansão não é um ponto turístico oficial nem possui acesso ao público. O interesse em torno do local se deve exclusivamente à notoriedade do caso Richthofen, um dos mais emblemáticos crimes do início dos anos 2000, que continua a despertar curiosidade e engajamento nas redes sociais.
Moradores da região relatam preocupação com o fluxo constante de visitantes, temendo possíveis invasões e problemas de segurança. Enquanto isso, a casa segue desocupada, preservando uma atmosfera de abandono e funcionando como um símbolo silencioso de um crime que marcou o país.


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