Quase seis anos depois de ter sido adquirido ao Sporting, a troco de uma verba na ordem dos 55 milhões de euros (que poderia ascender aos 70 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos), Bruno Fernandes assume-se como figura central do Manchester United, ainda que continue a não ser um nome consensual.
Só esta temporada, o internacional português soma quatro golos e seis assistências ao cabo dos 16 jogos em que foi utilizado pelo compatriota Ruben Amorim. Esta quinta-feira, em entrevista concedida ao portal Goal, Patrice Evra, ex-lateral que representou os red devils por 379 ocasiões, entre 2005 e 2014, refletiu sobre os motivos pelos quais este tarda a convencer a 'feroz' crítica britânica.
"É sempre sensível falar sobre o Bruno. Depende daquilo que as pessoas chamam um verdadeiro capitão. Com um capitão, por vezes, poder ter alguém como Roy Keane ou diferente. O Bruno está a dar assistências e a marcar golos, isso nunca foi o problema. O problema, para mim, é que controle a equipa e o ritmo, quando recebe a bola", começou por afirmar.
"Não conseguirias dizer-me onde é que ele está a jogar, porque está por todo o lado. Por isso, por vezes, enquanto capitão, queres fazer algo mais, queres fazer demasiado. E, no final, nem sequer estás na posição certa. Ainda assim, o Manchester United não estaria onde está, na tabela, se o Bruno não estivesse a jogar", prosseguiu.
"Eu não questiono o facto de o Bruno ser capitão. Ele merece ser capitão, porque [Ruben] Amorim escolheu-o. Olham para o que está a acontecer com [Harry] Maguire. Livraram-no da braçadeira de capitão, e, agora, joga como um jogador do Manchester United. Vocês viram como as pessoas o maltratavam, nas redes sociais, mas ele disse ' Eu fico aqui'", completou.
Taça da Liga foi o grande 'pecado'
Ora criticado, ora aplaudido, a verdade é que Ruben Amorim conduziu o Manchester United a um ciclo de seis vitórias, três empates e apenas uma derrota, ao cabo dos dez últimos encontros. Registo que o vai deixando na sexta posição da Premier League, com 25 pontos, tantos quanto o Chelsea, que segue imediatamente à frente.
Numa temporada 'livre' de provas europeias, o principal 'pecado' dos red devils acabou por surgir logo a 27 de agosto, ao terceiro jogo da temporada de 2025/26, aquando da derrota sofrida na visita ao Grimsby Town (equipa que milita na League Two, o quarto escalão do futebol inglês), no desempate por grandes penalidades, que culminou na eliminação da Taça da Liga.
Já na Taça de Inglaterra, a formação orientada pelo treinador português só irá entrar em cena na terceira eliminatória, que está agendada para o início de janeiro do próximo ano de 2026, sendo que o adversário será o Brighton. Até lá, esta ainda tem pela frente seis jornadas do principal escalão do futebol britânico.
Estas serão perante Bournemouth (na segunda-feira, em Old Trafford), Aston Villa (a 21 de dezembro, no Villa Park), Newcastle (a 26 de dezembro, em Old Trafford), Wolverhampton (a 30 de dezembro, em Old Trafford), Leeds United (a 4 de janeiro, em Elland Road) e Burnley (a 7 de janeiro, no Turf Moor).
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