Após Mais De 30 Anos, Fiel Escudeira De Leonardo, Ede Cury Morre E Deixa Amigos E Fãs Em Luto



A música sertaneja perdeu, nesta terça-feira (9), um dos nomes mais importantes dos bastidores da comunicação. Morreu Ede Cury, assessora de imprensa e parceira profissional do cantor Leonardo por mais de três décadas. A informação foi divulgada pelo Portal Leo Dias. A causa da morte não foi informada pela família até o momento, e nem Leonardo nem seus familiares se pronunciaram publicamente.


Ede Cury iniciou sua carreira em 1990 e acompanhou Leonardo desde os tempos da dupla Leandro & Leonardo, tornando-se referência na comunicação do meio sertanejo. Dedicada, discreta e extremamente comprometida, ela foi responsável por cuidar da imagem do artista em momentos decisivos, conduzindo a relação com a imprensa com profissionalismo e sensibilidade.


Uma trajetória marcada por grandes desafios

Ao longo da carreira, Ede esteve presente em episódios que marcaram a música sertaneja e a vida pessoal de Leonardo. Ela participou ativamente da comunicação durante a doença e morte de Leandro, em 1998, e também acompanhou de perto a cobertura do grave acidente de carro de Pedro Leonardo, filho do cantor, em 2012.


Em todos esses momentos, era ela quem organizava boletins, atualizações e informações diárias, sempre buscando transparência e respeito com o público e com a família.


Recordações da cobertura da morte de Leandro

Em uma entrevista concedida ao jornalista André Piunti, Ede relembrou com emoção o período em que acompanhou de perto a batalha de Leandro contra o câncer. Ela contou como foi o desafio de lidar com a imprensa, preservar a privacidade da família e administrar a esperança de todos durante os 63 dias entre o diagnóstico e o falecimento.


“Ele foi ao dentista, fez uma chapa e apareceu o tumor. Foi aí que começou a nossa saga”, relatou. Segundo ela, a decisão de comunicar publicamente a doença foi tomada para evitar boatos e aproximar os fãs da realidade. “Eu acreditava na força da oração do povo brasileiro”, disse, lembrando que chegou a ser criticada, injustamente, por ser “marketeira”.


Ede também descreveu a rotina intensa de atualizar os veículos de comunicação: “Eu fazia um texto com uma linguagem simples, descia nos horários dos telejornais e repetia a mesma informação. Era a forma de evitar desencontros e especulações”.


Momentos finais e despedida

A assessora contou que foi avisada pelos médicos quando o quadro de Leandro se agravou definitivamente. A família foi chamada ao hospital, enquanto Leonardo estava na Bahia cumprindo agenda de shows.


Após o falecimento, Ede assumiu novamente a responsabilidade pela comunicação e pelos preparativos do velório. Em meio ao caos, recordou do momento emblemático do chapéu deixado na beira do caixão — gesto interpretado por alguns como estratégia de imagem, mas que, segundo ela, foi apenas uma solução prática em meio à correria.


“Eu tinha que vestir o Leandro. E agora? Onde colocar o chapéu? Naquela confusão, eu fiquei andando com ele”, disse.


Legado

A morte de Ede Cury deixa uma lacuna no universo sertanejo. Mais do que assessora, ela foi confidente, estrategista e presença constante em momentos decisivos da carreira de Leonardo. Seu profissionalismo, lealdade e humanidade construíram uma reputação admirada por colegas, jornalistas e fãs.


A trajetória de Ede permanece como símbolo de dedicação e respeito ao artista, ao público e à comunicação responsável.