O cantor Bruno Gouveia, vocalista do Biquíni Cavadão, emocionou o público ao relembrar a perda do filho, Gabriel Kfuri Gouveia, que morreu aos 2 anos em um acidente de helicóptero em 2011. Em entrevista ao Moicast, o artista contou como aprendeu a lidar com o luto e como encontrou forças para seguir em frente.
Segundo Bruno, continuar trabalhando após a tragédia foi essencial para enfrentar o sofrimento.
“Estava sendo o pior momento da minha vida, mas falei: vou seguir adiante. Não dá para descrever o que é perder um filho. Achei necessário continuar. Os primeiros dias foram muito difíceis, mas fui dando um jeito de aceitar a ideia”, afirmou.
Ele lembrou que, apesar da dor intensa, o palco foi um espaço de cura.
“A dor passa, o que não passa é a lembrança da dor. Eu segui porque a alternativa era muito pior. O enterro foi num domingo e, na terça, eu estava desesperado. Perguntei ao escritório se tinham cancelado o show, e me disseram que esperavam minha decisão. Falei: ‘Não desmarca, porque se vocês desmarcarem, eu vou surtar’. O palco sempre foi importante para mim, sempre me curou”, disse.
O papel da família e do amor no processo de cura
Durante a entrevista, Bruno destacou a importância da esposa, Izabella Brant, e dos filhos do casal, Letícia, hoje com 11 anos, e Leonardo, de 5, no processo de reconstrução emocional.
“Não dá para entender, mas é necessário aceitar. O que me salvou foi o amor”, revelou.
Segundo ele, o carinho da família, dos colegas de banda e dos fãs foi fundamental: “Eu me sentia carregado nos momentos mais difíceis, como naquela parábola em que alguém te sustenta quando você não consegue caminhar sozinho”.
O cantor contou ainda que seus filhos mais novos sabem que têm um irmão mais velho.
“A Letícia fala que ele é um anjinho da guarda. Fui aprendendo a lidar com isso e reconstruí minha vida. A vida, apesar de tudo, é uma experiência única e importante. A gente não pode abrir mão dela”, concluiu.

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