Lady Gaga SOFRE SURTO PSICÓTICO e É INTERNADA em Hospital Psiquiátrico



Lady Gaga revelou que quando estava nas gravações do filme "Assim Nasce Uma Estrela", em 2017, estava a atravessar uma fase delicada da sua saúde mental pois estava à beira de ter um surto psicótico, que mais tarde veio mesmo a sofrer. 


Estas confissões foram feitas na revista Rolling Stone que saiu para as bancas esta quinta-feira, 13 de novembro. 

A artista explicou, por exemplo, que durante as gravações do projeto, onde dividiu o protagonismo com o ator Bradley Cooper, estava a tomar lítio (medicamento usado como estabilizador de humor). 

Depois das intensas gravações do filme, a artista resolveu fazer a tour mundial "Joanne", em agosto de 2017. Mas em fevereiro do ano seguinte, a cantora estava numa fase pior da fibromialgia (doença que causa dor generalizada, segundo a CUF) e viu-se obrigada a cancelar o resto dos espetáculos para se concentrar no seu bem-estar. 

"Um dia, a minha irmã disse-me: 'Já não te reconheço'", explicou. De seguida, Gaga tomou a decisão de se afastar os palcos. "Eu eu cancelei a tour. Houve um dia em que fui internada num hospital psiquiátrico. Eu precisava de um tempo, não conseguia fazer nada. Entrei em colapso total. Foi realmente assustador. Houve um momento em que achei que não conseguiria melhorar", referiu a cantora. 

Neste momento, a artista "sente-se sortuda por estar viva". "Sei que isto pode soar a algum dramatismo, mas sabemos como as coisas podem terminar", referiu. 

Depois de cancelar a tour, Lady Gaga foi homenageada num evento solidário, SAG-AFTRA Patron of the Artists Award, onde aproveitou o discurso para falar sobre saúde mental.

"Depois de anos e anos a dizer 'sim' a trabalhos, entrevistas, eventos, oportunidades pelas quais sou muito grata e me sinto honrada, porque sei que muitos não tiveram essa oportunidade, e depois de trabalhar o máximo que pude para realizar os meus sonhos, lenta mas seguramente, a palavra 'sim' e 'sim, claro' tornou-se automática demais e a minha voz interior calou-se, o que agora aprendi ser muito prejudicial. Eu não tinha poder para dizer 'não'", confessou na altura.

"Também havia sintomas, sintomas de dissociação e TSPT (Transtorno de Stress Pós-Traumático), e eu não tinha uma equipa que incluísse apoio em saúde mental.  Isso mais tarde  transformou-se em dor física crónica, fibromialgia, ataques de pânico, respostas a traumas agudos e espirais mentais debilitantes que incluíram ideação suicida e comportamento masoquista. Ok. Terminei a minha lista, mas esta lista mudou a minha vida. E não a mudou para melhor", explicou ainda. 

"Eu precisava de ajuda antes. Precisava de cuidados com a saúde mental. Precisava de alguém que visse a escuridão interior com a qual eu lutava", revelou, por fim.