Serial Killer Carioca Acusada de Matar Quatro Pessoas Entre SP e RJ — Caso Choca País



Uma mulher de 35 anos, identificada como Ana Paula Veloso Fernandes, foi presa e denunciada pelo Ministério Público sob a acusação de ser responsável por uma série de assassinatos por envenenamento em São Paulo e no Rio de Janeiro. A estudante de Direito é apontada como autora da morte de quatro pessoas entre janeiro e maio deste ano, o que levou a promotoria a rotulá-la como uma “serial killer”.


As vítimas foram identificadas como Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, mortos em Guarulhos (SP); Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias (RJ); e Hayder Mhazres, na capital paulista. Segundo a denúncia, todas teriam sido envenenadas, embora as substâncias utilizadas ainda estejam sendo analisadas por peritos. Ao menos três corpos deverão ser exumados para aprofundar os exames toxicológicos.


Além de Ana Paula, outras duas mulheres também foram denunciadas por envolvimento nos crimes: Roberta Cristina Veloso Fernandes, irmã gêmea da principal acusada, e Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, filha de uma das vítimas. Michelle foi presa durante uma operação conjunta das polícias civis de São Paulo e do Rio de Janeiro.


Assassinato por encomenda

As investigações indicam que Michelle contratou Ana Paula para assassinar seu próprio pai, Neil Corrêa, de 65 anos. O idoso teria sido envenenado após consumir uma feijoada entregue por Ana Paula, a mando da filha. Ambas eram colegas na faculdade de Direito, e Michelle teria pago R$ 4 mil para que a acusada deixasse Guarulhos e fosse até Duque de Caxias cometer o crime.


Um dos pontos que mais chocou os investigadores foi o suposto uso de animais para testar os efeitos do veneno. De acordo com os autos, Ana Paula teria envenenado e matado ao menos dez cães antes de executar os homicídios, como forma de experimentar a eficácia da substância.


Crimes meticulosamente planejados

A promotoria acredita que os assassinatos foram premeditados e realizados com extrema frieza. Ana Paula teria usado diferentes métodos para administrar o veneno, sempre se aproveitando da confiança das vítimas ou de laços familiares e afetivos intermediados por cúmplices.


A defesa das acusadas ainda não se pronunciou publicamente. O caso segue em segredo de justiça, mas deve ganhar novos desdobramentos nos próximos dias, com a conclusão dos laudos periciais e a possível inclusão de novos nomes no inquérito.


Enquanto isso, Ana Paula segue presa preventivamente, e o Ministério Público trabalha com a hipótese de que mais crimes possam estar ligados ao mesmo grupo. A possibilidade de novas vítimas não está descartada.