Polêmica Internacional! Polonesa Que Alegava Ser Madeleine McCann Também Se Diz Outras Duas Meninas Desaparecidas



Em um julgamento ocorrido nesta segunda-feira (6/10) no tribunal de Leicester, na Inglaterra, o promotor Michael Duck revelou novas informações sobre o caso de Julia Wandelt, a polonesa que afirmava ser Madeleine McCann, desaparecida em 2007 na Praia da Luz, em Portugal. De acordo com Duck, além de alegar ser a britânica desaparecida, Julia também teria se identificado como outras duas meninas desaparecidas.


Segundo o promotor, antes de declarar ser Madeleine McCann, Julia entrou em contato com a organização de caridade Missing Years Ago, especializada em casos de desaparecimentos históricos. Inicialmente, Julia sugeriu que poderia ser Inga Gehricke, uma jovem alemã desaparecida em circunstâncias semelhantes às de Madeleine. No entanto, Duck afirmou que, devido à idade de Julia e diferenças físicas evidentes, essa hipótese também foi descartada pela ciência.


“Julia Wandelt não é Madeleine McCann, isso está claro desde o início do julgamento”, afirmou o promotor, causando forte comoção na acusada, que estava no banco dos réus durante a audiência.


Além de sua alegação sobre Madeleine McCann e Inga Gehricke, Julia também afirmou ser Acacia Patience Bishop, uma criança sequestrada em Salt Lake City, EUA, em 2003. Duck revelou que, entre 2022 e 2025, Julia não limitou suas alegações a esses dois casos, mas também buscou associar-se a outros desaparecimentos.


Julia foi presa em 19 de fevereiro de 2025 ao desembarcar na Inglaterra. Ela foi algemada e levada sob custódia logo após pousar em solo britânico. A prisão aconteceu após Julia afirmar que novos resultados de testes de DNA haviam “fortemente apoiado” sua teoria de que ela seria parente de Gerry McCann, pai de Madeleine. No entanto, testes anteriores, realizados em 2023, haviam refutado qualquer possibilidade de parentesco com a menina desaparecida. Em vez disso, os resultados apontaram que Julia tinha ascendência polonesa, lituana e romena, o que descartou qualquer vínculo com Madeleine.


Após os resultados dos testes, Julia se desculpou publicamente com Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, dizendo que não teve a intenção de causar sofrimento. Ela também se retirou para Los Angeles, onde foi apoiada pela milionária americana Fia Johansson, que se autodenomina médium e já havia afirmado que Julia não era Madeleine. Durante esse período, Julia admitiu que sentia-se arrependida e revelou ter recebido uma oferta de R$ 160 mil por sua alegação.


Em fevereiro de 2023, Julia alegou ter submetido seus exames de DNA a um especialista internacionalmente reconhecido. Ela afirmava que havia feito uma comparação do seu DNA com o encontrado na cena do crime e também com características físicas de Madeleine, como olhos, dentes e voz. Essas supostas comparações teriam levado a polonesa a retornar ao Reino Unido, onde seu caso segue sendo investigado.