MPF MIRA Evento de Fafá de Belém Após REPASSE MILIONÁRIO — Dinheiro Público Sob Suspeita!



O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) instaurou um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades no repasse de R$ 1.569.936,00 destinados ao projeto Varanda de Nazaré, evento tradicional realizado durante o Círio de Nazaré e encabeçado pela cantora Fafá de Belém.


A investigação foi aberta pelo promotor de Justiça Sávio Rui Brabo de Araújo, da Promotoria de Tutela das Fundações, Associações de Interesse Social, Falência, Recuperação Judicial e Extrajudicial. O foco do inquérito é apurar se os recursos públicos, repassados por meio do Chamamento Público nº 02/2024, foram corretamente utilizados conforme os objetivos do projeto cultural aprovado pelo Programa Estadual de Incentivo à Cultura (PEIC), em parceria com a Fundação Cultural do Pará (FCP).


Evento de destaque no Círio, agora sob escrutínio

Conhecida por sua ligação histórica com o Círio de Nazaré, Fafá de Belém foi novamente uma das figuras centrais das celebrações neste ano. No último sábado (11), ela conduziu o Círio Fluvial, levando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré pelas águas do Rio Guamá. O evento contou com a presença de diversas celebridades nacionais, como Fábio Porchat, Malu Galli, Maria Eduarda de Carvalho, Alane Dias, e o casal Rafa Kalimann e Nattan.


A “Varanda de Nazaré”, criada por Fafá, se consolidou como uma vitrine da cultura amazônica, misturando fé, arte e entretenimento com forte presença midiática e apoio institucional. No entanto, o alto valor do repasse e a falta de detalhamento público sobre a execução orçamentária levantaram dúvidas que agora estão sob apuração do MPPA.


Foco na transparência dos recursos culturais

A portaria que oficializa o inquérito foi publicada no Diário Oficial do Estado e coincide com a realização do Círio. O Ministério Público busca agora identificar os beneficiários diretos dos recursos, verificar se houve cumprimento das exigências contratuais e apurar eventuais falhas na gestão dos recursos públicos.


Até o fechamento desta matéria, nem a cantora Fafá de Belém nem representantes da Fundação Cultural do Pará haviam se pronunciado sobre a investigação.


Caso sejam confirmadas irregularidades, o caso pode gerar implicações administrativas e judiciais, além de afetar a credibilidade de projetos culturais financiados com dinheiro público no estado.