Frank Bourassa: De Mecânico em Quebec a Um dos Maiores Falsificadores de Dinheiro dos EUA



Frank Bourassa, um mecânico da cidade de Trois-Rivières, em Quebec, tornou-se um dos maiores falsificadores de dinheiro da história moderna dos Estados Unidos — um feito que desafiou o próprio Serviço Secreto norte-americano.


Desde jovem, Bourassa demonstrava uma fascinação incomum por dinheiro. Antes dos 15 anos, já havia encontrado maneiras ilícitas de obtê-lo: roubava roupas e joias para revendê-las. Aos 15, abandonou os estudos e abriu sua própria oficina mecânica — o embrião de um império clandestino que mais tarde o tornaria mundialmente conhecido.


Insatisfeito com os lucros modestos de sua empresa, Bourassa decidiu trilhar um caminho mais ousado. Com um olhar meticuloso e obstinação fora do comum, ele começou a estudar minuciosamente as cédulas de dólar dos Estados Unidos. Em segredo, montou em sua oficina uma sofisticada linha de produção de dinheiro falso. O golpe de mestre foi conseguir o mesmo tipo de papel utilizado na fabricação das notas originais — um detalhe que tornaria suas falsificações praticamente impossíveis de distinguir das verdadeiras.


O resultado foi impressionante: Bourassa produziu o equivalente a 250 milhões de dólares em notas falsas, das quais cerca de 50 milhões chegaram a circular. O caso chamou a atenção do Serviço Secreto dos EUA, que classificou suas falsificações como “as mais precisas da história”.


Quando finalmente foi capturado, Bourassa optou por cooperar com as autoridades, entregando o restante do dinheiro e revelando detalhes de seu processo. A colaboração lhe garantiu uma pena surpreendentemente branda: apenas seis semanas de prisão.


Hoje, o caso de Frank Bourassa permanece como um dos episódios mais emblemáticos da história da falsificação — um lembrete de como engenhosidade, ambição e crime podem se misturar de forma quase perfeita.