André Renuncia a Títulos Reais — Mas Continua a Ser Príncipe e Duque



A propósito do escândalo em que se viu envolvida, devido à sua amizade com Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais, Sarah Ferguson perdeu o título de duquesa de York, que lhe foi concedido pela falecida rainha Isabel II, após o seu casamento com o príncipe André, em 1986 - de quem se divorciou em 1996.


A perda do título por parte de Sarah aconteceu após André emitir um comunicado oficial no qual comunicava que iria deixar de usar os títulos reais, após terem sido divulgados e-mails (até então desconhecidos) trocados por Ferguson e André com Epstein. 

Mas afinal, o que significa para Sarah Ferguson perder o título de duquesa de York?

Sem o título, esta passará a ser conhecida por Sarah Ferguson, nome que tinha antes de entrar para a família real. 

Apesar disto, uma fonte revelou à revista Hello! que Sarah está confortável com a decisão. "Ela sempre apoiou as decisões do ex-marido e faz qualquer coisa pelo rei. Para ela, isto não fará uma grande diferença".

Por seu turno, a repórter real Danielle Stacey acrescenta: "A perda do título para Sarah não deverá fazer uma grande diferença para ela. Ela tem usado o seu nome no âmbito profissional desde que se divorciou de André em 1996".


André deixou de ser príncipe? Não é bem assim…

"André de Inglaterra continua a ser príncipe!", foi desta forma que Alberto Miranda, especialista em famílias reais, começou por abordar o tema na sua página de Instagram (Diário da Realeza)m após o irmão do rei Carlos III emitir um comunicado no qual informou que iria deixar de usar os títulos reais. 

"Para perder esta condição com que nasceu, por ser filho de uma rainha soberana, teria que haver um ato do parlamento, que é um passo complexo, demorado e politicamente delicado para a imagem da monarquia", explica Alberto.

"Quer isto dizer que o ducado não lhe foi legalmente retirado pelo rei, que não tem poderes para tal e que para acontecer é preciso um procedimento legislativo que teria de ser aprovado pelo parlamento", realça ainda. 

Assim, André continua a ser duque de York, mas o ducado, embora "inativo", continua a "existir".

"André também deixa de usar os títulos de conde de Inverness e de barão de Killyleagh, que lhe foram dados pela mãe. Deixa, igualmente, a Ordem da Jarreteira, da qual era cavaleiro", acrescenta. 

O especialista em família reais realça que a decisão não partiu da coroa, mas sim do próprio André, dada a gravidade da situação. 

"O ducado de York é um dos mais importantes e históricos ligados à família real. O pai de Isabel II, antes de ser rei, foi duque de York e a rainha, antes de ser princesa herdeira, era princesa de York, título com que nasceu. Os títulos militares e os patronatos a que presidia já lhe tinham sido retirados em 2022", completa.