Shein Retira Foto de Suspeito de Assassinato e Abre Inquérito



A gigante chinesa da fast fashion Shein iniciou uma investigação interna após a divulgação, em seu site oficial, de uma imagem que supostamente mostra Luigi Mangione, o norte-americano acusado de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em dezembro de 2024.


A imagem polêmica aparecia na página de um produto — uma camiseta branca de algodão, de manga curta, vendida por menos de US$ 10. Segundo o jornal New York Post, assim que o problema foi identificado, a peça foi imediatamente retirada do ar.


Em nota, representantes da Shein afirmaram que a imagem foi publicada por um fornecedor terceirizado, e não por meio de campanhas internas da empresa. A companhia garantiu estar apurando o ocorrido para evitar episódios semelhantes no futuro.


Polêmica nas redes sociais

A situação rapidamente repercutiu nas redes. Usuários do X (antigo Twitter) criticaram a empresa por supostamente utilizar uma imagem gerada por IA com o rosto de Mangione. “Shein usando imagens de Luigi Mangione com IA em seu site para modelar suas roupas é genuinamente diabólico”, escreveu um internauta. Outro comentou: “Sabia que era uma empresa lixo, mas Jesus Cristo”. Um terceiro resumiu: “A moda está descontrolada”.


Quem é Luigi Mangione

O nome de Luigi Nicholas Mangione, de 27 anos, ganhou destaque em dezembro de 2024, quando foi acusado de matar Brian Thompson, CEO de uma das maiores operadoras de saúde dos Estados Unidos.


Nascido em Towson, Maryland, em 6 de maio de 1998, Mangione vinha de uma família abastada com negócios nos setores de resorts, clubes de campo e mídia. Era considerado um prodígio acadêmico: foi valedictorian da tradicional Gilman School, em Baltimore, e se formou em Engenharia na University of Pennsylvania, com bacharelado, mestrado, minor em Matemática e especialização em Inteligência Artificial.


Antes do crime, Mangione não possuía antecedentes criminais e era descrito por conhecidos como alguém humilde, reservado e acessível.


Histórico de controvérsias da Shein

Apesar do sucesso entre o público jovem — especialmente a Geração Z e os millennials —, a Shein frequentemente se vê no centro de controvérsias. A empresa já foi alvo de diversas denúncias envolvendo condições de trabalho precárias, acusações de trabalho forçado e críticas ao seu modelo de negócios baseado na produção acelerada e de baixo custo, com forte impacto ambiental e social. A marca nega todas as acusações.


O episódio mais recente levanta novas preocupações sobre o controle de qualidade e ética na curadoria de imagens publicadas por fornecedores parceiros — um ponto crítico para empresas que operam em grande escala e com múltiplos intermediários