Kobbie Mainoo chegou a ser dado como dispensável, no Manchester United, no passado mercado de transferências de verão, atraindo o interesse de alguns dos maiores clubes do futebol europeu. No entanto, Ruben Amorim 'chegou-se à frente', fez valer a sua posição junto da direção e 'barrou' a saída da jovem promessa.
Aos 20 anos de idade, o internacional inglês ainda procura conquistar o seu espaço no plantel principal dos red devils, e agora, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro 'cabeça de cartaz' da quarta jornada da Premier League, perante o Manchester City, no Etihad Stadium, o treinador português explicou o que lhe falta para ter outro tipo de regularidade por entre as suas apostas.
"Eu não tive uma conversa com ele antes de o mercado encerrar, porque eu não queria que o Kobbie Mainoo pensasse que eu estava a ter uma conversa com ele apenas para o segurar. Tive essa conversa esta semana. Acredito muito nele. É um jogador de topo, mas alguns de vocês acham que o Kobbie Mainoo já é um produto completo", começou por afirmar.
"Eu acho que ele pode fazer muito melhor. Para alguns rapazes, o talento é suficiente, mas, para ele, não é. Talvez não esteja a ser justo, mas eu penso que estou a ajudar o Kobbie, e ponto final", acrescentou, em declarações reproduzidas pela estação televisiva britânica BBC Sport.
Ruben Amorim avisa que não é Ten Hag
Instado a esclarecer, ao certo, o que é preciso para que o médio assuma outro tipo de preponderância na dinâmica dos red devils, o treinador português recordou que não é... Erik ten Hag, pelo que este terá de adaptar-se àquilo de que precisa, no setor intermédio do terreno, para 'bater o pé' à concorrência.
"A maneira como eu jogo é completamente diferente à do último treinador. Eu vi vários jogos da Premier League, quando estava em Portugal. Dá para sentir que aquela equipa do Manchester United vivia muito de transições. Por vezes, eu olhava para Kobbie Mainoo e sentia que ele era o único tipo que conseguia acalmar o jogo", apontou.
"Agora, nós temos outros jogadores que conseguem fazer isso, e praticamos um futebol diferente. O Kobbie é muito bom a controlar o jogo, mas, se jogar como 8, tem de conseguir ir à grande área adversária e voltar. Por vezes, ele tem de cobrir muito espaço entre apenas dois jogadores", prosseguiu.
"Ele pode jogar como 6, mas, por vezes, passa a bola e vai-se embora, o que não é uma referência enquanto 6. Nós temos de ter equilíbrio em tudo. Ele tem a qualidade técnica, mas precisa de perceber melhor a posição. Ele precisa de jogar em velocidades diferentes, por vezes, mais lentamente, por vezes, mais velozmente. Ele pode melhorar nesse aspeto", completou.
O Manchester City-Manchester United, recorde-se, será ajuizado pelo árbitro britânico Anthony Taylor, e tem apito inicial agendado para as 16h30 (hora de Portugal Continental) deste domingo, no Etihad Stadium.
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