O presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, dissolveu o governo nesta segunda-feira em resposta aos protestos liderados por jovens contra a grave escassez de água e eletricidade. Segundo as Nações Unidas, a crise já resultou em pelo menos 22 mortos e mais de 100 feridos, tornando-se o maior desafio à autoridade do chefe de Estado em anos.
Os protestos, agora no terceiro dia consecutivo, foram desencadeados pela indignação popular contra os apagões e a falta de água, que chegam a durar mais de 12 horas por dia. As manifestações tornaram-se as maiores registradas na ilha do Oceano Índico em vários anos, inspiradas pelos recentes movimentos da chamada Geração Z no Quênia e no Nepal.
O presidente pediu desculpas por eventuais falhas das autoridades no cumprimento de seus deveres e prometeu apoio às empresas afetadas pelos saques.
Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores de Madagascar contestou os números divulgados pela ONU, alegando que não foram fornecidos por entidades nacionais competentes e que se baseiam em “rumores ou desinformação”.
Na segunda-feira, manifestantes reuniram-se em uma universidade, onde exibiram cartazes e entoaram o hino nacional antes de tentar marchar em direção ao centro da capital, segundo imagens do canal de notícias 2424.MG.
A polícia respondeu com gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, após a imposição de um toque de recolher do anoitecer ao amanhecer decretado na semana passada.
Fonte: MzNews

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