O empresário moçambicano Zanil Satar solicitou ao Tribunal Judicial de Kampfumo que o julgamento em que acusa o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) de burla agravada seja transmitido em direto e de forma integral pelas televisões nacionais.
No processo, além do banco, são igualmente arguidos George Mandawa (administrador) e Paula Boca (diretora do Retalho), ambos acusados de envolvimento direto no esquema.
Segundo Satar, a alegada fraude praticada pelo BCI resultou no encerramento de várias empresas nacionais, incluindo as conhecidas cadeias de restaurantes Mimmos e Taverna, facto que provocou o desemprego de mais de 700 trabalhadores e deixou cerca de 3.500 dependentes em situação de vulnerabilidade.
O empresário defende que a transmissão televisiva do julgamento será um exercício de transparência e permitirá à sociedade compreender as dificuldades enfrentadas pelos empresários moçambicanos nas suas relações com bancos e instituições de crédito.
Satar acusa ainda o Banco de Moçambique, enquanto regulador do sistema financeiro, de muitas vezes adotar posições que favorecem os bancos em detrimento dos empresários nacionais.
“É preciso defender a classe empresarial nacional e evitar este tipo de práticas. Fui prejudicado e, no fim, milhares de pessoas também sofreram porque fomos obrigados a encerrar várias empresas”, afirmou.
O despacho de pronúncia do Tribunal confirma que a alegada burla agravada imputada ao BCI levou ao encerramento das cadeias Mimmos e Taverna, bem como de outras empresas de referência no país. Além da instituição bancária, George Mandawa e Paula Boca são acusados de terem agido com d0lo e má-fé.
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