Um sinal captado por detectores de ondas gravitacionais deixou os cientistas em êxtase ao confirmar uma previsão feita há 50 anos por Stephen Hawking. Em 2025, o consórcio internacional LIGO-Virgo-KAGRA registrou o evento GW250114, resultado da colisão de dois buracos negros gigantes a mais de um bilhão de anos-luz da Terra, proporcionando a primeira comprovação direta do chamado Teorema da Área de Hawking.
O Teorema da Área, formulado em 1971, afirmava que a área do horizonte de eventos de um buraco negro nunca diminui após uma fusão, apenas aumenta. A detecção do GW250114 tornou possível calcular com precisão a área dos buracos negros antes e depois do choque cósmico. Os resultados mostraram que o buraco negro final tinha uma área maior do que a soma das áreas dos dois originais, confirmando a teoria de Hawking.
Cada um dos buracos negros iniciais tinha cerca de 30 vezes a massa do Sol, e o corpo resultante gira a impressionantes 100 rotações por segundo. A qualidade excepcional do sinal gravitacional registrado fez dele o mais nítido já observado desde 2015, ano em que os primeiros eventos de ondas gravitacionais começaram a ser documentados.
Marco na ciência
Para a comunidade científica, a descoberta representa um marco. Além de validar uma previsão de meio século, ela reforça outra teoria importante: a descrição dos buracos negros apenas por massa e rotação, proposta pelo matemático Roy Kerr.
Especialistas afirmam que esses avanços aproximam a física de responder a um dos grandes desafios contemporâneos: conciliar a relatividade geral, que rege o cosmos em larga escala, com a mecânica quântica, que explica fenômenos em níveis atômico e subatômico.
A confirmação do Teorema da Área não apenas celebra o legado de Hawking, mas também abre novas possibilidades para compreender os limites do universo e o comportamento desses gigantes cósmicos que continuam a fascinar e desafiar a ciência.
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