O presidente Donald Trump deixou claro que deseja ver Tyler Robinson, acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk, ser condenado à morte e executado pelo método mais antigo e controverso de Utah: o pelotão de fuzilamento, conhecido popularmente como “paredão”.
O caso tramita no estado, um dos poucos do país que ainda mantêm a pena capital e permitem dois tipos de execução: a injeção letal, utilizada mais recentemente, e o paredão, que pode ser aplicado quando o método químico não está disponível. A última vez em que Utah recorreu ao pelotão foi em 2010, quando Ronnie Lee Gardner foi fuzilado por cinco atiradores voluntários após ser condenado por um assassinato cometido em 1985.
Na ocasião, Gardner foi amarrado a uma cadeira, encapuzado e atingido no peito. O processo durou apenas três minutos. De acordo com testemunhas, quatro disparos eram reais e um de festim, o que impede a identificação do tiro fatal. O episódio marcou a história penal do estado e ainda divide opiniões sobre a brutalidade e a simbologia desse tipo de execução.
Apesar de Utah ter realizado em 2023 a execução de Taberon Honie por injeção letal (a primeira em mais de uma década) o paredão continua legalizado e é defendido por setores conservadores como uma forma rápida e eficaz de cumprir a pena capital. Trump e o governador de Utah, Spencer Cox, já declararam publicamente apoio à pena de morte no caso Robinson.
Pena Capital
Para que isso ocorra, no entanto, os promotores ainda precisam pedir a pena capital, e Robinson deve ser condenado. O atual promotor do condado, Jeffrey Gray, será responsável por essa decisão e, segundo ex-integrantes da Procuradoria, enfrentará forte pressão política para solicitar a execução.
As regras de Utah exigem critérios específicos para a aplicação da pena de morte, como a forma cruel ou desumana do crime ou o risco potencial a muitas pessoas. De acordo com o FBI, Robinson teria disparado um único tiro de rifle contra Kirk durante um discurso em frente a uma multidão no campus da Universidade Utah Valley.
Caso a acusação avance, o estado poderá voltar a discutir qual será o destino do réu: a injeção letal ou o retorno do “paredão”, que Trump já colocou no centro do debate.
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