Catarina Furtado Declara: “A Tragédia Do Elevador Da Glória Ficará Na História”



Catarina Furtado não ficou indiferente à tragédia que ocorreu esta quarta-feira, 3 de setembro., em Lisboa. O Elevador da Glória descarrilou matando 16 pessoas e mais de 20 feridos. 


Foram várias as figuras públicas a reagir a esta "tragédia imensa" que deixou Portugal de luto. 

Catarina Furtado recorreu este sábado, 6 de setembro, às redes sociais para recordar parte da sua vida enquanto jovem que foi passada no centro de Lisboa, nomeadamente na zona do local do acidente.

"Toda a minha pré adolescência e adolescência foi passada no Bairro Alto.

Vivi na Travessa das Mercês, estudei na escola Fernão Lopes, no Conservatório Nacional e no Liceu Passos Manuel. Vivi as manhãs, as tardes e as noites do Bairro Alto.

Do Jardim de São Pedro de Alcântara até à Baixa ia sempre no Elevador da Glória e regressava, metendo conversa com quem seguia para o trabalho ou para uma visita ao centro do coração de Lisboa.

Lembro-me que quando fui estudar para Londres, mostrava fotografias do Elevador da Glória, orgulhosa, aos meus colegas de outras nacionalidades que frequentavam a escola de teatro. Era umas das fotografias que tinha escolhido para destacar a beleza e a originalidade da minha cidade", começa por revelar a apresentadora da RTP1. 

"Estava cansado. Tinha 140 anos e nunca trabalhou tanto como nos últimos tempos em que Lisboa está inundada de turistas. Quando nasceu, nunca se pensou que iria fazer tantas subidas e descidas e com gente a mais para a sua estrutura.

Independentemente das responsabilidades, a tragédia de um só dia ficará na história e apaga mais de cem anos de uma história de uma beleza imensa.

As milhares de vidas que o elevador transportou, deixam de contar, perante as mortes que o seu descarrilamento provocou. É demasiado triste. Andamos mesmo desfocados do essencial", revela ainda a comunicadora. 

No fim da sua partilha, Catarina Furtado deixa uma palavra de apoio às famílias das vítimas.

"Os meus sentimentos às famílias das vítimas e o desejo de melhoras às pessoas que se encontram nos hospitais", concluiu. 



"Lembro-me de ser miúda e aquilo custar 20 escudos, ou 10 escudos, agora é uma coisa mais turística, mas na altura era um meio de transporte para as pessoas que moravam ali.

Não houve uma vez que não andasse naquele elevador e não pensasse 'se esta m**** descarrila, atravessamos a Avenida da Liberdade e enfaixamo-nos no Cinema Condes do outro lado", referiu, mostrando-se "bastante triste com o sucedido".