Um tribunal do condado de Clark, em Nevada (EUA), decidiu que Logan Gifford, de 26 anos, vítima de abusos sex𝓾ais cometidos pela própria mãe durante a adolescência, é o pai legal do seu irmão de 15 anos — criança nascida no período em que os abusos ocorreram.
De acordo com o Las Vegas Review-Journal, testes de DNA não esclareceram a paternidade biológica. Os resultados apontaram compatibilidade tanto com Logan quanto com seu pai, Theodore Gifford, deixando a questão sem definição.
No início de 2023, Logan entrou com uma petição para ser reconhecido como pai legal do irmão mais novo. Como Theodore não se manifestou no processo, a decisão judicial foi dada à revelia.
Em entrevista à revista People, Logan relatou que os abusos começaram quando ele tinha apenas 10 anos e continuaram até os 17, quando a mãe, Doreene Gifford, foi presa e posteriormente condenada. Ele descreveu a experiência como um mecanismo de sobrevivência:
— “Para sobreviver, tive que compartimentar as pessoas. Doreene, das nove às cinco, tinha certos traços característicos. Doreene, das 17h às 21h, era uma pessoa um pouco diferente”, afirmou.
A possibilidade de que o irmão fosse, na verdade, seu filho só surgiu anos mais tarde, após questionamentos de um terapeuta da família.
— “Foi a primeira vez que me dei conta. Sinceramente, eu não sabia”, disse Logan.
Após a decisão judicial, ele declarou sentir um misto de alívio e tristeza:
— “Estou feliz que o julgamento tenha sido concluído. O sistema de assistência social precisa ser treinado para identificar os sinais desse tipo de abuso. Também sinto pena do meu irmão. Esta é uma situação trágica, mas sei que ele está pronto para iniciar o caminho da recuperação.”
Logan não mantém mais contato com a mãe.


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