A morte de Eweline Passos, a traficante conhecida como ‘Diaba Loira’, não foi um evento isolado no contexto da disputa por território no Rio de Janeiro. De acordo com o portal Metrópoles, a crueldade do crime ganhou um novo e chocante capítulo com a revelação de que sua mãe foi brutalmente assassinada poucas horas antes de sua filha. Em um ato de pura violência e estratégia de intimidação, o Comando Vermelho (CV) estendeu sua brutalidade para a família da criminosa, mostrando a que ponto o poder e a vingança podem chegar no mundo do tráfico de drogas.
“Vim fazer esse vídeo para contar da covardia que o CV fez com a minha mãe, tá ligado? Mano, papo reto, nossa guerra é entre a gente, não é entre família, não”, declarou ela.
O que mais ela disse?
“Ceis pegaram minha família, ceis mataram a única pessoa que eu tinha. Acabaram com ela sendo que ela morava lá longe, mano, ela não tinha nada a ver comigo, ela nem falava comigo e esses filha da puta aí do CV sabiam, geral sabia (sic)”, completou.
“Para vocês aí, que gostam de mexer com família, que vieram ameaçar meus filhos, só vou dizer uma coisa: a mão de Deus vai pesar em vocês”, declarou.
O assassinato da mãe de Eweline, cujo nome não foi amplamente divulgado, ocorreu dentro de sua própria casa, na comunidade de Nova Brasília, no Complexo do Alemão. De acordo com informações obtidas por investigações, a mulher foi alvejada a tiros em um ataque-surpresa, sem chance de defesa. O crime teria sido cometido por membros do CV, que a usaram como forma de retaliação e um aviso explícito a todos os que desafiassem sua autoridade. A morte da matriarca é um retrato cruel da guerra do tráfico, onde os laços familiares se tornam alvos em meio à disputa por poder e território.
Os crimes estão ligados?
O assassinato de Eweline Passos e de sua mãe é um dos mais graves episódios de violência recente no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, os dois crimes foram premeditados e têm ligação direta com a guerra entre facções. Poucas horas depois do ataque à sua mãe, Eweline, também foi encontrada morta, o que reforça a tese de que os dois assassinatos foram parte de uma mesma ação de vingança orquestrada por criminosos.
Especialistas em segurança pública e investigadores do caso classificam a ação como um ato de “covardia do CV”, pois o grupo não se limitou a atacar a liderança da facção rival, mas também agrediu a família de forma direta e calculada. A dupla tragédia serve como um lembrete do nível de desumanidade que permeia a violência urbana na capital carioca.
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