A Netflix revelou que já está usando inteligência artificial generativa em suas produções, e o motivo principal é o que muita gente já suspeitava: cortar custos. A informação foi confirmada por Ted Sarandos, copresidente da empresa, durante a apresentação do relatório financeiro do segundo trimestre de 2025.
A primeira série da plataforma a usar a tecnologia foi a argentina O Eternauta, que utilizou IA para criar uma cena de colapso de um prédio em Buenos Aires. Segundo Sarandos, seria impossível realizar o efeito com o orçamento disponível.
“O custo dos efeitos especiais sem IA simplesmente não teria sido viável para uma série com esse orçamento”, afirmou.
O executivo também destacou a rapidez do processo: a sequência foi finalizada dez vezes mais rápido do que seria com os métodos tradicionais. “Usando ferramentas impulsionadas por IA, conseguiram um resultado impressionante com uma velocidade notável”, explicou.
Sarandos garantiu que o objetivo não é substituir profissionais, mas oferecer recursos mais avançados. “Trata-se de pessoas reais realizando um trabalho real com melhores ferramentas. Nossos criadores já estão vendo os benefícios na produção”, disse ele, citando o uso da IA em pré-visualização de cenas e efeitos visuais.
IA também na propaganda
Além das produções, a inteligência artificial também vem sendo aplicada em outras áreas da Netflix, como personalização de conteúdos, buscas dentro da plataforma e criação de anúncios. Para quem assina o plano mais barato, a empresa anunciou que vai lançar anúncios interativos ainda neste segundo semestre.
Com uma receita de mais de 11 bilhões de dólares e lucro de 3,1 bilhões só no último trimestre, a Netflix mostra que quer ir ainda mais longe, agora com a IA como aliada.
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