Presidente Diz Que FADM “Funcionam Como O Cão Numa Casa” E Declaração Gera Repercussão



O Presidente da República, Daniel Chapo comparou hoje as Forças Armadas e Defesa de Moçambique (FADM), a cães de guarda de uma residência habitacional, cuja função é repelir ameaças do inimigo tão logo inicia os latidos.


“As Força Armadas de Defesa de Moçambique funcionam como o cão numa casa. Não precisa ter ladrão para ter cão. O cão existe exactamente para a casa não ser roubada e assaltada. E os ladrões passam lá do bairro da casa, mas quando sentem o cão a ladrar pensam duas vezes se podem ir para roubar ou não. Mas, se a casa não tiver um cão como deve ser, ela pode ser assaltada a qualquer altura” disse, para depois explicar o sentido da comparação. “Mas o que quero dizer com isso é que não precisamos de estar em guerra para ter as Forças Armadas de Defesa de Moçambique equipadas, formadas, treinadas, com logística necessária como deve ser. Mas há quem disse que estando em paz não precisa ter forças armadas. É como quem diz não havendo ladrão não precisa ter cão. Mas não tem de se esperar ladrão para se ser cão”.


O Chefe de Estado falava durante a aula inaugural da primeira edição do curso de Defesa Nacional no Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza, na cidade da Matola, província de Maputo.


Na ocasião, Daniel Chapo instou aos militares a modernizarem as formas de combate às ameaças externas recorrendo a tecnologias de informação.


“A revolução tecnológica apresenta-se como uma nova ameaça às soberanias dos Estados, exigindo que estejamos cada vez mais atentos e preparados. De forma tradicional, para um país atacar o outro era preciso deslocar homens armados. Hoje em dia, já não precisa. Com um simples drone a ser guiado e teleguiado por um homem parado num outro país, numa sala, ataca-se uma outra nação, de várias formas. Por isso, exigi-nos que estejamos cada vez mais atentos e preparados”.


Nesta ordem de ideias, para Chapo, é crucial que o poder militar de Moçambique seja forte, credível e perceptível para todos.


“Não precisamos esconder. É preciso todos perceberem que temos um poder militar forte” frisou.