Nem sinal de renovação. A Netflix puxou o freio e cancelou de uma só vez três séries que mal haviam começado. O aviso veio sem cerimônia, deixando fãs no vácuo e com mais perguntas do que respostas.
Entre as vítimas, estão um thriller ambientado na Casa Branca, um drama médico no estilo Grey’s Anatomy e uma comédia dramática sobre vizinhos suspeitos. Todas tinham só uma temporada, e agora viraram estatística na longa lista de títulos que ficaram pelo caminho no streaming.
Assassinato na Casa Branca: a detetive não volta
Quem curtiu acompanhar a excêntrica Cordelia Cupp tentando resolver um assassinato no meio de um jantar formal na residência oficial do presidente dos EUA vai ter que se contentar com o que já foi ao ar. Lançada em março, Assassinato na Casa Branca teve oito episódios com cara de Agatha Christie moderna e uma protagonista afiada vivida por Uzo Aduba (Orange Is the New Black).
Apesar da trama fechadinha, o caso é resolvido no final, a série deixava espaço para novas investigações da detetive. Mas a Netflix optou por não seguir com a produção. O motivo? Segundo o site Deadline, a audiência não correspondeu. E ainda teve a concorrência ingrata: a série Adolescência, lançada na mesma época, virou febre e acabou ofuscando o suspense político.
Pulso: o drama médico que parou na UTI
A ideia era clara: criar um “Grey’s Anatomy” versão Netflix, ambientado em Miami e com bastante correria nos corredores do Hospital Maguire. Mas Pulso acabou não resistindo ao diagnóstico e foi oficialmente cancelado após uma única temporada de 10 episódios. A produção até tinha fôlego, emergências médicas, romances, dilemas pessoais, mas ficou devendo no quesito originalidade.
A trama deixou várias pontas soltas e nem chegou a responder questões centrais sobre os personagens. Agora, os fãs que já estavam se apegando aos médicos da série terão que dizer adeus sem direito a desfecho. Fica o aviso: quando a receita parece copiada demais, a recuperação é complicada.
Quem Vê Casa…: mistério interrompido
A série Quem Vê Casa… chegou em dezembro de 2024 com uma proposta curiosa: mostrar um grupo de pessoas disputando uma mansão dos sonhos em Los Feliz, na Califórnia. Entre segredos, disputas e até um crime aqui e ali, a série caminhava com um humor ácido e toques de drama. O final da primeira temporada até fechou a história principal, mas deixava no ar um novo mistério envolvendo um dos casais.
Mesmo com a porta entreaberta, a Netflix decidiu engavetar a produção. Oficialmente, o projeto foi colocado em “hiato indefinido”. A criadora da série, Liz Feldman (de Disque Amiga para Matar), ainda pode tentar vender uma nova ideia em formato de antologia, estilo The White Lotus, com histórias diferentes em cada temporada. Mas, por enquanto, nada de continuação.
Streaming sem garantias
As três séries agora entram para o hall das produções que não passaram da primeira temporada, um destino cada vez mais comum no mundo do streaming. A Netflix lança mais de 100 séries originais por ano, e manter todas no ar se torna inviável. Mas, para o público, o sentimento é de frustração: histórias promissoras, tempo investido, e nenhum retorno.
Fica a lição: no streaming, nem todo “play” garante final feliz.
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