O comentador e analista social, Hedson Massingue, revelou, ontem, ter sido vítima de tentativa de assassinato, após um debate televisivo no qual comentou sobre o projecto SUSTENTA, implementado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), e a guerra em Cabo Delgado.
Conforme avançou, a tentativa de homicídio se deu na quinta-feira (26 de Junho), a poucos metros do Ministério do Interior (MINT), na cidade de Maputo, o que lhe causou “indignação”. Disse que estava na companhia do jornalista Vasco Dava, da TV Sucesso, a quem concedeu boleia na sua viatura. Referiu que a pronta intervenção dos guardas do MINT os livrou da situação. A ocorrência foi registada na primeira esquadra.
O analista atira a responsabilidade moral ao antigo Ministro da Agricultura, Celso Correia, e aos mentores do projecto, aos quais apelidou de “gangue” do SUSTENTA.
“Eu só quero dizer aos donos do SUSTENTA, eu não tenho medo da morte. Ao Celso Correia este endereço vai” disse, notando haver críticas sobre o SUSTENTA tanto do Tribunal Administrativo, do Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD), e do político Venâncio Mondlane. E questionou: “por que o sr. só tem de perseguir a mim, então”?
Ele disse estar na posse dos dados dos veículos que circularam no dia em que escapou do homicídio.
“É a segunda vez que me acontece isto. Quero reiterar aos donos do SUSTENTA, principalmente ao Celso Correia, e dizer à Procuradoria Geral que se alguma coisa me acontecer é a gangue do SUSTENTA” frisou.
Segundo o comentador, ele próprio tem evidências de falcatruas como roubos e desvios de dinheiro do projecto.
“As pessoas que estavam dentro deste programa ficaram desnorteados. Os extensionistas que foram formados nisto estão hoje sem emprego. Por que as pessoas roubam e os inocentes têm de pagar por isto? É só não roubar que não vamos falar” referiu.
Conforme revelou, desde o aprofundamento dos debates sobre o projecto a integridade da sua segurança ficou comprometida, tendo inclusive sido avisado sobre os perigos a que se arriscava.
“Há bastidores que já me disseram que a minha vida vale mais do que o SUSTENTA… Se não fossem aqueles polícias jovens do Ministério do Interior, sei lá onde eu e o Vasco estaríamos”.
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