O partido de Venâncio Mondlane cuja aprovação ainda carece de um veredicto do Mistério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos (MJACR) já não se vai denominar ANAMALALA, como inicialmente proposto, segundo o próprio.
Ele explicou que a alteração do acrónimo da formação política que está a fundar visa acomodar uma exigência ministerial. O argumento, da instituição liderada por Mateus Saize, é o de haver a possibilidade de se promover o divisionismo entre os moçambicanos por ser uma expressa na língua Emákhwa, que, traduzida para o português, significa “encerrar ou acabar”. Outra justificativa é de o acrónimo, ANAMALALA, não ser fiel à designação do partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo. Mas também, sustenta-se que os partidos políticos não devem ter designações em línguas nacionais, diferentes do Português, violando a Constituição da República.
Em uma live Mondlane referiu que a aceitação ou não, por parte do Ministério, do pedido de formalização do seu partido não era determinante para condicionar a sua luta política.
Mas qual é o novo acrónimo do partido?
Em uma entrevista recente à DW, o ex-candidato presidencial que reclamou vitória nas eleições presidenciais de Outubro de 2024, referiu ter atendido às exigências de alterações impostas pelo MJACR a 28 de Maio passado. Com efeito, o novo acrónimo do seu partido político já está nos gabinetes do Ministério. Note-se que o MJACR extrapolou, desde 01 de Julho, o prazo legal para decidir sobre a formalização do partido de Venâncio Mondlane.
Na perspectiva de Mondlane, o momento é ainda inoportuno para divulgar o novo acrónimo, justamente “para não levantar debates”.
“Nós alteramos o nome do partido, submetemos, mas até a aprovação final, toda a nossa Direcção do nosso projecto político, decidimos que vamos manter isto confidencial… Não queremos dispersar o debate… sobre a natureza do nome” disse, vincando que “a coisa mais importante agora é nós termos o partido”.
Entretanto, assegurou que a designação Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo vai se manter.
“Resolve-se a questão da língua e a correspondência entre a denominação com o acrónimo. Então, a correspondência está feita. Muda o acrónimo, mas a denominação continua a mesma” assegurou.
Sem comentários:
Enviar um comentário