Em um vídeo disponível no YouTube, um sacerdote defende uma visão de masculinidade forte e sem desculpas. Ele zombam de atividades como usar roupas justas, cruzar as pernas, passar roupas, cuidar da sobrancelha e até comer sopa, considerando-as excessivamente femininas.
Existem outros vídeos do padre Moses McPherson — um robusto pai de cinco filhos — levantando pesos enquanto escuta heavy metal. Ele foi criado no protestantismo e trabalhou como carpinteiro, mas atualmente atua como sacerdote na Igreja Ortodoxa Russa no Exterior (ROCOR) em Georgetown, no Texas, vinculado à igreja mãe em Moscou.
Recentemente, a ROCOR, uma organização global com sede em Nova York, tem se expandido em várias regiões dos EUA, principalmente devido à conversão de indivíduos de outras faixas religiosas. Nos últimos seis meses, o padre Moses tem preparado 75 novos membros para o batismo na Igreja da Mãe de Deus, localizada ao norte de Austin.
O padre John Whiteford, arcipreste da ROCOR em Spring, ao norte de Houston, afirma que a educação domiciliar proporciona uma formação religiosa — e é “uma maneira de resguardar seus filhos”, evitando discussões sobre “transgêneros, os 57 gêneros do momento ou qualquer outra coisa”.
Em comparação com os milhões de membros das megaigrejas evangélicas nos Estados Unidos, o total de cristãos ortodoxos é diminuto — apenas cerca de 1% da população. Isso abrange a Ortodoxia Oriental, praticada na Rússia, Ucrânia, Europa Oriental e Grécia, além dos ortodoxos orientais do Oriente Médio e da África.
Estabelecida por padres e líderes que escaparam da Revolução Russa em 1917, a ROCOR é considerada por muitos como a jurisdição ortodoxa mais conservadora nos Estados Unidos. Contudo, essa pequena comunidade religiosa é bastante expressiva, e os acontecimentos dentro dela refletem mudanças políticas mais amplas, principalmente após a mudança drástica do presidente americano, Donald Trump, em direção a Moscou.
Embora seja complicado determinar um aumento real no número de convertidos, dados do Pew Research Centre indicam que 64% dos cristãos ortodoxos são homens, em comparação com 46% em 2007.
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