A decisão foi comunicada pelo Gabinete Central de Preparação da VII Conferência Nacional, após denúncias de múltiplas irregularidades durante o processo eleitoral.
Segundo o comunicado, emitido pelo este braço juvenil do partido no poder, a direcção do Gabinete Central apurou um “quadro de reclamações” que apontam para graves vícios no cumprimento das normas estabelecidas pela própria organização. As falhas identificadas incluem inobservância das directivas internas, irregularidades na análise e homologação de candidaturas, manipulações nas listas de delegados e até a eleição de membros do Conselho Provincial que não residem no distrito.
Anulação imediata das eleições distritais de Tete; Realização de novo escrutínio até dois dias antes da Conferência Provincial; Reabertura de candidaturas e inclusão de concorrentes com requisitos válidos; exigência de rigor na aplicação da Directiva Eleitoral e do Código de Conduta da OJM.
A decisão levanta sérias questões sobre a integridade dos mecanismos internos da OJM, sobretudo num momento em que a organização se prepara para a sua VII Conferência Nacional. O episódio expõe fragilidades na gestão democrática da juventude partidária, lançando dúvidas sobre o grau de preparação e imparcialidade das estruturas locais envolvidas no processo.
Embora o comunicado reforce o compromisso com os valores de “transparência, isenção e inclusão”, o incidente em Tete poderá ter impacto negativo na confiança dos membros e na imagem da organização junto à sociedade.
O Chefe do Gabinete Central, Silva Fernando Livone, assinou o documento, apelando ao cumprimento rigoroso das directivas e reafirmando o engajamento da OJM na “defesa da pátria e desenvolvimento”. No entanto, o episódio deixa claro que o caminho para uma juventude verdadeiramente participativa e democrática ainda exige reformas profundas e uma cultura política de maior responsabilidade e equidade.
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