Um casal da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, recebeu uma sentença de 375 anos de prisão por submeter cinco crianças negras adotivas a condições análogas à escravidão. As vítimas, com idades entre 6 e 16 anos, sofreram maus-tratos, trabalhos forçados e privação de necessidades básicas.
Jeane Key Whitefeather e Donald Lantz, ambos brancos, adotaram as crianças em um abrigo de Minnesota em 2018. Após mudanças para Washington e depois para uma propriedade rural na Virgínia Ocidental, o casal passou a explorar os menores.
O caso veio à tona em outubro de 2023, quando um vizinho testemunhou Donald trancando duas crianças em um galpão sem condições mínimas de sobrevivência — sem água, banheiro ou alimentação adequada. De acordo com investigações, os menores eram obrigados a realizar trabalhos pesados na fazenda e tinham acesso negado à casa principal.
Autoridades afirmaram que a escolha das vítimas teve motivação racial, com o casal deliberadamente selecionando crianças negras para o trabalho forçado. Além disso, foram acusados de tráfico humano, negligência agravada e violação de direitos humanos.
Durante o resgate, uma das crianças fez uma declaração emocionante à imprensa local: “Eu serei incrível, forte e bonita. Vocês sempre serão horríveis do jeito que são.”
Além da prisão perpétua virtual, os condenados terão que pagar uma indenização de US$ 280 mil para cada uma das vítimas. O caso chocou o país e reacendeu debates sobre adoção, racismo e exploração infantil.
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