
Três estudantes sul-africanos foram hospitalizados na terça-feira após serem esfaqueados durante uma briga na Escola Secundária Centenary, localizada na cidade costeira de Durban. O incidente, que ocorreu em meio a uma suposta altercação racial, levou ao fechamento temporário da instituição de ensino.
O Departamento de Educação da província de KwaZulu-Natal emitiu um comunicado confirmando o ocorrido e expressando profunda preocupação com o episódio de violência. “O departamento condena veementemente qualquer forma de violência nas escolas e está tratando deste assunto com a máxima urgência”, afirmou a nota. Autoridades locais relataram que a briga teria sido motivada por um incidente racista, que está sob investigação.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra estudantes envolvidos em confrontos físicos, com gritos e agressões mútuas. Além dos três jovens esfaqueados, outros alunos teriam sofrido ferimentos durante o tumulto. O departamento enviou uma equipe à escola para coletar informações detalhadas e se reunir com representantes da administração, professores, alunos e pais.
“O departamento também está trabalhando em estreita colaboração com as autoridades policiais para garantir que os responsáveis por instigar ou intensificar a violência sejam responsabilizados”, destacou o comunicado. A polícia local foi acionada para investigar o caso e tomar as medidas necessárias.
Este não é o primeiro incidente relacionado a tensões raciais em escolas sul-africanas. Apesar do fim do apartheid há três décadas, episódios isolados de discriminação racial ainda ocorrem no país. Em 2019, por exemplo, uma escola na província do Noroeste foi alvo de protestos após relatos de que alunos negros eram separados de seus colegas brancos em sala de aula. Na ocasião, uma foto que circulou na internet mostrava crianças negras sentadas em um canto, distantes dos demais estudantes, gerando indignação nacional.
O Departamento de Educação reiterou seu compromisso com a promoção de valores como respeito, tolerância e unidade. “Atos de violência e qualquer forma de discriminação não têm lugar em nossas escolas, pois minam os princípios fundamentais que buscamos incutir em nossos alunos”, concluiu a nota. As autoridades prometem acompanhar de perto o caso e adotar medidas para prevenir futuros incidentes.
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