Burlas Sexuais Ensinam-se Nas Redes Sociais



Há grupos criminosos a usar redes sociais como o TikTok, o Instagram ou o YouTube para ensinar outras pessoas a identificarem vítimas e extorquírem dinheiro através de ameaças de divulgação de imagens privadas, a denominada ‘sextortion’.


A técnica passa pela obtenção de fotos íntimas que depois os criminosos ameaçam divulgar a não ser que, em troca, haja lugar ao pagamento de um ‘resgate’. Os cibercriminosos exigem depois o pagamento através de serviços como o Venmo ou Cash App, de bitcoin ou de cartões de oferta. O alerta foi dado pela Network Contagion Research Institute (NCRI), num relatório onde dá conta da multiplicação deste tipo de “truques” nos últimos meses.


A organização norte-americana está, por isso, a recomendar às plataformas online que protejam os utilizadores e disponibilizem uma opção que lhes permita reportar ameaças de partilha de imagens privadas. A NCRI contactou também as empresas responsáveis pelas aplicações para que removam os conteúdos criminosos.


Entre as técnicas mais vulgares para concretizar este tipo de burla sexual estão as fotografias de nudez (‘nudes’) falsas e manipuladas por inteligência artificial. A maior parte dos conteúdos relacionados com ‘sextortion’ pertence a um grupo cibercriminoso não organizado na África Ocidental, denominado Yahoo Boys, que ganhou popularidade por divulgar sites que ensinam outras pessoas a enriquecer rapidamente. As burlas sexuais financeiras têm causado um número significativo de mortes, particularmente nos Estados Unidos. Adolescentes e homens jovens são os alvos preferenciais, o que por vezes leva as vítimas ao suicídio.