É a primeira candidata com cabelo curto a vencer. A jovem, de 20 anos, fala em “símbolo da diversidade”, mas o rol de críticas continua a crescer.
Foi eleita ‘Miss França 2024‘, mas a sua vitória está a ser, por agora, agridoce. Eva Gilles tem apenas 20 anos, mas conseguiu rebatar toda a concorrência, e consagrou-se vencedora.
Sendo a primeira mulher com cabelo curto de sempre a conquistar o título, há quem não esteja a favor desta eleição (por este mesmo motivo), e a manifestarem-se nas redes sociais.
De acordo com o The Telegraph, Eva está a ser agora alvo de várias críticas, com a competição a ser acusada de se alinhar ao ‘movimento Woke‘, após selecionar uma pessoa andrógena como vencedora, e com um “corte de cabelo infantil“.
“Estamos habituados a ver várias Miss com longos cabelos, mas optei por um ‘look’ mais andrógeno, com o meu cabelo curto“, referiu a jovem, após a vitória. “Cada mulher é diferente entre si, e somos todas únicas“.
Já antes da final, Eva tinha falado abertamente sobre a necessidade de se “diversificarem” os padrões de beleza, para se modernizar um concurso várias vezes apelidado de “sexista“.
“Gostaria de provar em como a competição está a evoluir, e a sociedade também, que a representação feminina é diversificada. Na minha opinião, a beleza não se limita ao corte de cabelo ou à nossa forma física“, disse ainda.
Escolha é fortemente criticada nas redes sociais
No entanto, pouco tempo depois da eleição, as redes sociais encheram-se de reações à escolha de Eva Gilles como Miss França 2024. Entre os comentários, somaram-se muitas críticas.
“A Miss França já não é um concurso de beleza, mas um concurso woke baseado na inclusividade”, escreveu um utilizador no Twitter, atualmente ‘X’.
Sandrine Rousseau, deputada ecologista do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, que usa um corte de cabelo muito curto, também se pronunciou. “Portanto, em França, em 2023, medimos o progresso do respeito das mulheres pelo comprimento do cabelo?“.
Eva Gilles diz agora não querer comentar o assunto, evitando responder às acusações: “Neste momento, não respondo a comentários. Não sei se algum dia irei fazê-lo“.
Segundo a revista MAGG, a jovem foi a favorita do júri, fruto do seu corte de cabelo “à la garçonne” (“à rapaz”, em português), mas ficou em terceiro lugar na votação do público, o que motivou muitas críticas.
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