Carlos Cardoso, O Jornalista Silenciado Há 23 Anos



Vinte e Três Anos depois da morte do jornalista Carlos Cardoso, a classe jornalística moçambicana considera que o seu legado não foi esquecido, mas sente haver limitações e intimidações que colocam em causa a liberdade de imprensa.

Carlos Cardoso encontrou a morte ao ser alvejado com uma rajada de metralhadora dentro da sua viatura, numa zona nobre da cidade de Maputo, depois de terminar mais uma jornada de trabalho no Jornal Metical, o então diário mais popular de Moçambique.

O assassinato aconteceu numa altura em que Cardoso perseguia pistas de uma fraude no ex-Banco Comercial de Moçambique, avaliada, na altura, em 14 milhões de dólares americanos. 

Depois de muita pressão internacional, em 2003 as autoridades detiveram e condenaram seis pessoas a penas superiores a 20 anos de prisão: Vicente Ramaya, os irmão Ayob Ayub Satar, Momed Abdul Satar (Nini), Aníbal dos Santos Júnior (Anibalzinho), Manuel dos Anjos Fernandes e Carlos Rachide Cassamo.

Cardoso destacou-se também ao opor-se ao Governo para o encerramento da indústria do cajú no país, impostas pelo Banco Mundial, que lançaram milhares de trabalhadores ao desemprego.

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