Presidente Do Uganda Apela Para Que Os Africanos Parem De Comprar "Roupas Dos Fardos"



O Presidente ugandês, Yoweri Museveni, proibiu, na sexta-feira passada, 25 de agosto, a importação de “roupas dos fardos”, também conhecidas como “Mivumba” em Uganda, por considerar que isso sufoca o desenvolvimento das indústrias têxteis locais e que às roupas pertenciam a ocidentais falecidos.

Yoweri Museveni, que faltava durante a cerimónia de inauguração de nove fábricas têxteis no Parque Industrial Sino-Uganda Mbale, na cidade de Mbale, desencorajou os povos africanos e ugandeses, em particular, a comprarem “roupas dos fardos”, porque são para pessoas mortas. 

"As roupas 'segunda mão' são para pessoas mortas. Quando uma pessoa branca morre, eles juntam as suas roupas e enviam-nas para África. Temos aqui pessoas que produzem roupas novas, mas não conseguem infiltrar-se no mercado" - disse Museveni. 

Importa realçar que, a Comunidade da África Oriental, um grupo económico regional do qual o Uganda é membro, concordou, em 2016, com uma proibição total das importações de roupas usadas até 2019, mas o Ruanda foi o único país a implementar a lei. Pelo menos 70% das peças de roupas doadas a instituições de caridade, na Europa e nos Estados Unidos, acabam em África, segundo a Oxfam, uma instituição de caridade britânica.