Paulo Vahanle, o edil de Nampula e oriundo da Renamo, confirmou ontem ter sofrido tentativa de assassinato a 22 de Agosto. Mas a Polícia desmente e diz que o acusado é membro da corporação e estava em serviço.
Tudo aconteceu no dia em que a autarquia celebrava 67 anos de elevação à categoria de cidade. Em conferência de imprensa, Vahanle contou que a sua segurança deteve um homem que confessou pertencer à Unidade de Protecção de Altas Individualidades (UPAI).
O suposto assassino foi detido na posse de uma arma de fogo, do tipo pistola, carregada com 15 munições. O edil de Nampula conta também com um ajudante de campo, que também é membro da UPAI. Este ajudante teria reconhecido o indivíduo como colega, mas disse desconhecer as razões da sua presença no local das festividades.
E esse tal individuo, o suposto assassino, diz-se que reside no quintal do cabeça- de- lista do partido FRELIMO [simultaneamente governador de Nampula]. E o tal cabeça- de- lista e toda a direcção máxima do partido não se fez presente em nenhum dos momento das festividades dos 67 anos da cidade de Nampula.Há gato!
Vamos ao concreto: não vamos afirmar taxativamente que queriam, sim, assassinar o edil de Nampula. Mas o que ganha ele mentindo sobre isso? É claro que as eleições autárquicas se avizinham, mas não se ganha um pleito eleitoral inventando uma tentativa de assassinato. E desde quando a palavra da Polícia, neste País, vale alguma coisa? Os esquadrões da morte são oriundos da Polícia, mas a corporação nunca assumiu o facto.
Quem assassinou Giles Cistac, Paulo Machava, Inocêncio Matavel, Jeremias Pondeca? Quem anda a partir pernas dos que pensam diferente? Quem são os piores sequestradores? Portanto, não basta a Polícia abrir a sua boca e dizer o que bem entender. A palavra da Polícia é nada!
E se tivermos que acreditar entre a palavra da Polícia e de Paulo Vahanle, preferimos a do autarca de Nampula. Pelo menos não é useiro e vezeiro na mentira!
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