Mali e Burkina Faso apoiam o Golpe de Estado no Níger e advertem que qualquer intervenção militar estrangeira seria uma "declaração de guerra" contra os três países.
Num comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira, 31 de julho, as forças militares que governam Mali e Burkina Faso manifestaram solidariedade aos militares que assumiram o poder no Níger após o golpe de Estado, e afirmaram que qualquer tentativa de intervenção militar estrangeira contra o Níger seria considerada uma declaração de guerra contra Burkina Faso e Mali.
Os Governos de Transição do Burkina Faso e do Mali também consideram ser uma atitude “aventureira” de certos líderes políticos da África Ocidental que desejam usar as forças armadas para restaurar a ordem constitucional em um Estado soberano como o Níger. De qualquer forma, os dois Governos de Transição garantem prontidão e mobilização das forças militares dos dois países para auxiliar o povo do Níger.
«Alertamos para as consequências desastrosas de uma intervenção militar no Níger, que poderia desestabilizar toda a região, assim como a intervenção unilateral da OTAN na Líbia, que resultou na expansão do terrorismo no Sahel e na África Ocidental», destaca o documento. Vale ressaltar que tanto Mali quanto o Burkina Faso são governados por militares. O Mali sofreu um golpe de Estado em 2021, enquanto o golpe de Estado em Burkina Faso ocorreu em 2022.
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