Como é que um dos países mais pobres do mundo vai convencer o Tribunal de Londres a anular uma dívida de 622 milhões de dólares?
A PGR, para convencer o tribunal londrino, alegou que a dívida contraída pela empresa estatal ProIndicus ao banco Credit Suisse, resultou de corrupção. Portanto, Moçambique, além de querer que a divida seja anulada, quer garantir uma compensação por outros supostos delitos.
De acordo com as regras inglesas de litígio, cada parte deve divulgar os documentos nos quais se baseia para o seu caso.
O Credit Suisse exibiu os seus documentos, os de Moçambique continuam escondidos alegando-se segredo de Estado. São documentos que poderiam implicar Filipe Nyusi e outros camaradas de relevo.
Mesmo assim, o juiz Robin Knowles decidiu marcar o julgamento para os primeiros dias de Outubro, alegando que não é justo que Moçambique não possa se defender, mas não exclui a possibilidade de o processo dar para o torto.
"No julgamento, todas as alternativas, incluindo a de anular total ou parcialmente [o caso], continuam disponíveis", disse o juiz.
Como se pode ver, a tarefa de Moçambique não é nada fácil. Só um milagre pode salvar o País! É no que dá ser liderados por gangsters!
Se o Presidente da República não tem nada a ver com o calote, por que não autoriza que esses tais documentos sejam entregues ao tribunal? Estão em jogo milhares de dólares que Moçambique não tem como pagar!
Até podíamos colocar isto doutra forma: se os que dirigem este País o querem bem, fazem tudo por ele, conforme eles andam a cantar, o que lhes impede, então, de serem transparentes se o que está em causa é o bem-estar de Moçambique que eles dizem tanto adorar?
Justiça Nacional
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