Jovens Acusados De Vandalizar Comité Do MPLA No Benfica Podem Ser Condenados A Penas De Até 12 Anos De Prisão



O julgamento dos 21 jovens acusados de vandalização e queima de bens públicos, incluindo o comité do partido MPLA no Benfica, crimes ocorridos no dia 10 de Janeiro de 2022, já está na sua fase final e para o Ministério público as versões apresentadas pelos arguidos são insuficientes para inocentâ-los. Facto que leva o advogado de acusação, Avelino Pedro, a afirmar que os acusados podem receber uma pena que vai de 8 a 12 anos de prisão.

“As provas foram apresentadas, acariadas e foram devidamente debatidas em sede de julgamento. Não demonstram nenhuma dúvida quanto ao consentimento ou envolvimento dos arguidos nos actos de vandalização e arruaça (…) estamos a falar de penas que vão de 8 ou até mesmo 12 anos”, declarou Avelino Pedro. 

Apesar disso, os advogados de defesa mostram-se esperançosos e acreditam que os seus constituintes poderão ficar livres por insuficiência de provas e apontam que a acusação violou o princípio da pessoalidade. 

“Daquilo que foram as audiências, nós podemos notar que os arguidos não são taxistas nem lotadores, porque a greve no dia 10 foi convocada pela Associação dos Taxistas de Angola e os arguidos estavam no local apenas com o intuito de poderem tomar o táxi (…). a acusação não soube pessoalizar os factos aos arguidos, generalizou (…) até então, daquilo que foram as alegações da digna representante do Ministério Público, nada ficou provado”, afirmou o advogado de defesa, Gelson Bunga. 

Refira-se que a leitura dos quesitos será feita na próxima sessão de julgamento, marcada para o dia 26 do corrente mês.